O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou neste sábado, 18, que o governo de Nicolás Maduro está “tão frágil” que tentou “manipular” a oposição com um diálogo.
“Não vamos ser enganados, eles estão tão frágeis que quiseram nos manipular com um diálogo. Fomos a convite de um país amigo, a Noruega”, disse Guaidó em ato realizado na cidade de Guatire, no estado de Miranda.
O líder da oposição agradeceu pelos esforços das partes que quiseram desenvolver o diálogo, mas enfatizou que continuará a lutar firmemente pelo que acredita e não irá se “confundir”.
Na quinta-feira passada, o próprio Guaidó confirmou que há contatos entre o governo e a oposição em Oslo, na Noruega, mas alertou que as conversas precisam resultar no término “da usurpação” da presidência por parte de Maduro.
Guaidó defendeu neste sábado um “governo de transição e eleições livres” e pediu para que os funcionários públicos fiquem ao lado da Constituição, pois “chegou o momento da Venezuela”.
“A ditadura está derrotada, conquistemos a democracia. Chegou o momento de avançar para alcançar a liberdade”, declarou.
Ao falar sobre a dificuldade da tarefa, comentou que no início deste ano se pensava que esta era uma “luta desigual, de David contra Golias”, mas enfatizou que os opositores não eram “tão pequenos”.
“Somos milhões na Venezuela e hoje sentimos que é um choque de trens. Aqui chegamos porque votamos, aqui chegamos porque não votamos. Chegamos porque contestamos, porque fizemos greve de fome, chegamos porque fizemos tudo. Chegou o momento de fazer tudo”, acrescentou o líder do Parlamento venezuelano.
(Com EFE)