O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, enviou uma carta aos principais quartéis das Forças Armadas da Venezuela. Ele convocou manifestações contra o presidente Nicolás Maduro para este sábado, 4. Maduro, por sua vez, usou o Twitter para conclamar os militares a defenderem o país de “um punhado de traidores que se venderam aos interesses dos Estados Unidos”.
Militares fecharam o acesso ao centro de comando da Marinha, onde uma mobilização foi organizada no começo da manhã. Ruas ao redor tiveram trânsito interrompido para impedir a aglomeração de manifestantes. Nos arredores da sede da Guarda Nacional Bolivariana, cerca de 200 pessoas realizam um protesto desde às 10h (horário local).
O deputado Winston Flores, do partido Vontade Popular, leu a carta assinada por Guaidó em frente ao local, mas não pode entregar o documento. “Se algum soldado aceita pegar a carta, é perseguido. Pode ser até morto. Vivemos em uma ditadura. Mas eles ouviram o conteúdo do documento”, declarou Flores.
A carta assinada por Guaidó é um novo momento na tentativa dele de se aproximar do alto comando das Forças Armadas, responsáveis por garantir a sustentação de Nicolás Maduro no poder.
No texto, o presidente interino promete que as Forças Armadas serão remodeladas, e afirma que os militares devem estar ao lado da Constituição, para auxiliar na transição do regime. Diz, ainda, que não haverá “retaliação política” contra os membros do regime.