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Greta recebe aval para processar governo da Suécia por política climática

Segundo ação coletiva, medidas empregadas por Estocolmo precisam ser ampliadas para limitar aquecimento global

Por Da Redação
21 mar 2023, 15h29

O Tribunal Distrital de Nacka, na Suécia, autorizou nesta terça-feira, 21, Greta Thunberg e ativistas do grupo Aurora a dar continuidade a uma ação coletiva movida contra o governo sueco por uma suposta “política climática insuficiente”. O processo, no entanto, precisa efetuar as reivindicações da corte antes do prosseguimento.

Em novembro passado, Greta e cerca de outros 600 jovens ativistas processaram o governo sueco sob as alegações de que as medidas empregadas até o momento pelo primeiro-ministro do país, Ulf Kristersson, precisam ser ampliadas para limitar o aquecimento global a 1,5°C nos próximos anos. Para os ativistas, só assim seria possível cumprir com a Convenção Europeia de Direitos Humanos.

“A saúde e o futuro do planeta, e do nosso, dependem diretamente de nossos políticos reconhecerem ou não a gravidade da crise climática”, disse o grupo Aurora em comunicado ao Estado sueco ainda em 2022.

+ ONU prevê que Terra atingirá limite em 2030 e lança guia de sobrevivência

O grupo Aurora e Greta esperam que o tribunal determine que a Suécia reduza as emissões em pelo menos 6,5 a 9,4 milhões de toneladas de CO2 por ano. A administração de Kristersson tem três meses para responder à ação coletiva para que o caso seja ouvido e, eventualmente, solucionado.

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Não é a primeira vez que um governo é alvo de processo por questões climáticas. Ainda em 2020, 16 jovens processaram o estado de Montana, nos Estados Unidos, em razão da sua política energética. De acordo com os ativistas, o uso de combustíveis fósseis é contra o direito constitucional de viver em um ambiente saudável.

Na segunda-feira, 20, um dia antes da decisão do tribunal sueco, as Nações Unidas publicaram um relatório que afirma que a Terra deve atingir seu limite, ou “ponto de não retorno”, nos próximos sete anos, antes do esperado. Os pesquisadores indicam, contudo, que a adesão de tecnologias limpas pode ser um caminho para contornar o cataclisma climático.

Em resposta às descobertas, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse que todos os países devem apresentar planos para zerar a emissão de combustíveis fósseis em uma década. Essas metas precisam, segundo ele, reduzir rapidamente as emissões de gases de efeito estufa que aquecem a atmosfera do planeta.

“Há uma janela de oportunidade que se fecha rapidamente para garantir um futuro habitável e sustentável para todos”, afirma o relatório.

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