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Grande Canal de Veneza fica verde fluorescente e prefeito investiga causa

Alguns políticos culparam ativistas ambientais, mas nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo fenômeno

Por Da Redação
29 Maio 2023, 12h41

Autoridades de Veneza, na Itália, abriram uma investigação depois que uma mancha de água verde fluorescente apareceu no famoso Grande Canal na manhã de domingo 28. A mudança foi notada pela primeira vez por volta das 9h30 do horário local e a área afetada ficou maior ao longo do dia.

De acordo com o porta-voz do prefeito de Veneza, as autoridades coletaram amostras de água, revisaram gravações de câmeras de vigilância e perguntaram aos gondoleiros e motoristas de barcos se eles viram alguma “situação suspeita”.

Também foi cogitada a possibilidade de um protesto por grupos de ativismo ambiental, que na semana passada pintaram a água da icônica Fontana di Trevi, em Roma, de preto. Mas, como nenhum grupo ambiental reivindicou a responsabilidade pelo ato, uma reunião de emergência foi convocada para investigar a causa da coloração.

“Esta manhã, uma mancha de líquido verde fosforescente apareceu no Grande Canal de Veneza, relatada por alguns moradores perto da Ponte Rialto. O prefeito convocou uma reunião urgente com a polícia para investigar a origem do líquido”, disse Luca Zaia, presidente regional do Vêneto, no Twitter.

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O vereador Andrea Pegoraro imediatamente culpou os ativistas ambientais que vêm atacando patrimônios culturais italianos nos últimos meses. O grupo Last Generation, responsável pelo protesto na Fontana di Trevi, negou envolvimento no caso.

O corpo de bombeiros da Itália esclareceu que estava ajudando a fornecer “amostras e assistência técnica” à ARPA Veneto, a agência regional que supervisiona o estado ambiental do Grande Canal, que está “conduzindo análises para estabelecer a natureza da substância na água”.

Nas redes sociais, diversas imagens foram postadas mostrando gôndolas, táxis aquáticos e barcos de ônibus aquáticos deslizando pela substância verde. Os usuários teorizaram que o fenômeno poderia ser causado por algas ou uma substância depositada ilegalmente no canal.

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Esta não é a primeira vez que o Grande Canal de Veneza sofre uma alteração de cor. Em 1968, o artista argentino Nicolás García Uriburu tingiu as águas de verde com um corante fluorescente chamado Fluoresceína, durante a Bienal anual de Veneza. A intervenção pretendia chamar a atenção para questões ecológicas e a relação entre natureza e civilização.

O evento se repete justamente quando a cidade celebra a Bienal de arquitetura, inaugurada no último fim de semana.

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