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‘Grande amigo’: a mensagem de Lula para Massa antes de eleição argentina

Governo brasileiro estaria tentando fugir de declarações públicas sobre favoritismo a Sergio Massa, alega o jornal argentino 'Clarín'

Por Da Redação
Atualizado em 23 out 2023, 17h12 - Publicado em 23 out 2023, 16h50
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  • Um dia após o primeiro turno argentino, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma mensagem para o presidenciável Sergio Massa, chamando-o de “meu grande amigo”, em um gesto de apoio ao candidato abraçado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 23, pelo jornal local El Clarín, que alega que o governo brasileiro estaria tentando fugir de declarações públicas sobre seu favorito a ocupar a Casa Rosada, em Buenos Aires.

    Até o momento, apenas o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, celebrou abertamente a vitória de Massa, atual ministro da Economia, rumo ao segundo turno. Em uma publicação no X, antigo Twitter, o ministro parabenizou o “amigo” e bradou “viva o povo argentino”.

    Em um dos raros comentários sobre a disputa do último domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou preocupação com a possível vitória de Javier Milei, candidato libertário e ultradireitista que liderava as pesquisas de intenção de voto.

    “Claro que estou preocupado. Uma pessoa cujo lema é romper a relação com o Brasil que foi construída ao longo de séculos nos preocupa. Isso preocuparia qualquer um”, disse Haddad à agência de notícias Reuters.

    + Canibalismo da direita e erros de Milei explicam mau desempenho

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    Ao contrário do que apontavam as pesquisas, Massa (da coalizão Unidos pela Pátria) saiu na frente no primeiro turno com 36% dos votos, contra 30% de Milei (da coalizão Liberdade Avança). Na disputa argentina, é preciso receber 45% dos votos ou apresentar uma diferença de ao menos 10 pontos percentuais para arrematar a presidência logo no primeiro turno. Como ambos os candidatos fracassaram na empreitada, o segundo turno está marcado para 19 de novembro.

    Nas últimas semanas, Milei foi categórico nas críticas a Lula, a quem chamada de “comunista raivoso” e “socialista com vocação totalitária”. Ele equiparou, inclusive, o Brasil à China, cogitando cortar relações diplomáticas caso alcançasse a presidência.

    No início do mês, o ultraconservador acusou o petista de privilegiar a campanha de Massa ao compartilhar uma notícia que mostrava uma tentativa do governo brasileiro de influenciar a Corporação Andina de Fomento (CAF) a emprestar US$ 1 bilhão à Argentina, uma ação que poderia beneficiar o atual governo.

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    O desamor de Milei com Brasília foi escancarado neste domingo: o candidato de extrema direita recebeu Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, no seu centro de campanha na Avenida del Libertador, em Buenos Aires. Em contrapartida, o assessor de Lula, Alexandre Quintino, foi enviado para acompanhar o bunker de Massa.

    Além da mensagem do líder brasileiro, o presidente da República Dominicana, Luis Abinader; o ex-presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez; o ex-chefe de Estado uruguaio, José “Pepe” Mujica; o enviado dos EUA para relações com a América Latina, Juan González; e o assessor estratégico democrata, Dan Restrepo, parabenizaram Massa pela vitória surpreendente na corrida.

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