PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Governo Milei anuncia reforma migratória que pode afetar brasileiros na Argentina

Mudanças incluem permissão para universidades públicas cobrarem mensalidades de estrangeiros que não sejam residentes, uma das promessas de campanha de Milei

Por Paula Freitas Atualizado em 3 dez 2024, 18h27 - Publicado em 3 dez 2024, 15h38

A Argentina anunciou nesta terça-feira, 3, uma dura reforma migratória que pode afetar estudantes e moradores brasileiros no país. As mudanças confirmadas pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, permitem que universidades públicas cobrem mensalidades de estrangeiros que não sejam residentes, uma das promessas de campanha do presidente Javier Milei, bem como o fim da gratuidade no atendimento médico para imigrantes. Ainda não há informações sobre valores a serem pagos.

A medida pode afetar cerca de 95.000 cidadãos do Brasil que moram no país vizinho — destes, cerca de 20.000 são alunos de medicina, segundo os últimos dados locais. Não foi só a turma brasileira que escolheu o ensino argentino como alternativa para conquistar o estetoscópio: um em cada três graduandos em medicina são de fora do país, de acordo com o governo. Lá, não é preciso prestar vestibular como o Enem — as vagas são liberadas conforme a demanda, bastando apresentar a documentação e se submeter a uma prova de espanhol em que se exige conhecimento intermediário.

+ A onda de brasileiros que buscam faculdades de medicina no exterior

A facilidade de acesso também está atrelada ao acordo do Mercosul, que prevê, sem exagerada burocracia, residência temporária de até dois anos. Depois, ela precisa ser convertida em permanente. Os brasileiros que têm a documentação não serão afetados pela reforma, portanto. Mas o novo cerco também possibilita que estrangeiros sejam expulsos da Argentina ao serem detidos em flagrante ou por terem violado “o sistema democrático”, por meio de ataques às “instituições democráticas”, segundo Adorni, que não ofereceu mais detalhes.

Ao todo, mais de 3 milhões de estrangeiros vivem na Argentina. No topo do ranking, estão os paraguaios, com 900.000. Eles são seguidos pelos bolivianos, com 658.000, e peruanos, com 289.000. Os brasileiros, ainda que em grande número, ocupam o oitavo lugar, com cerca de 3% do número total de imigrantes.

Em setembro, a atividade econômica da Argentina recuou 3,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo governo na última semana. O país enfrenta uma forte recessão, em meio a uma crise econômica e social, com dívidas altas, reservas internacionais escassas e inflação na casa dos 190%.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.