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Governo Maduro impede líder da oposição de concorrer à presidência

María Corina, que era favorita para liderar uma frente única contra o líder venezuelano, fica inelegível por 15 anos

Por Da Redação
30 jun 2023, 16h49
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  • O governo de Nicolás Maduro desqualificou nesta sexta-feira, 30, a candidatura da principal líder da oposição, María Corina Machado, às eleições presidenciais na Venezuela. A decisão da Controladoria foi divulgada pelo deputado chavista José Brito, que destacou que a ex-deputada ficará inelegível pelos próximos 15 anos.

    “Continuou a investigação patrimonial, constatando que a cidadã María Corina Machado está inabilitada para o exercício de qualquer cargo público pelo prazo de 15 anos, conforme o disposto no artigo 105 da Lei Orgânica da Controladoria Geral da República”, informou Brito aos repórteres.

    No último sábado 24, a Comissão Nacional de Primárias (CNP) formalizou o recebimento de 14 candidaturas, entre elas a de Corina, para as eleições preliminares venezuelanas. O órgão rege a disputa que procura eleger um único rival para enfrentar Maduro na corrida presidencial de 2024.

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    Na ocasião, a ex-deputada relatou que autoridades chavistas pretendiam pedir a “desqualificação imediata” de sua candidatura. Ela já havia sido impedida de concorrer nas últimas eleições e foi processada por um suposto golpe de Estado e tentativa de assassinato do presidente. A partir do comunicado do deputado, a política utilizou suas redes sociais para criticar a ação governista.

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    “Uma “desqualificação” inútil que só mostra que o regime sabe que já está derrotado. Agora vamos votar com mais força, mais rebeldia e mais vontade nas Primárias”, disse. “Aqui quem habilita é o povo da Venezuela. Até o fim é até o fim!”

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    Durante a sua participação no XVI Fórum Atlântico, realizado nesta sexta-feira, Corina ressaltou que os venezuelanos vivem em “uma tirania que tem laços com China, Rússia e Cuba” e que não é possível subestimar “uma sociedade que anseia e está determinada a viver em liberdade”.

    “Toda essa questão de desqualificações não me surpreende. A primária tornou-se um processo de construção, com foco na democracia. Maduro vai entender que, com toda essa força, vai ter que se medir em termos que garantam a competitividade”, explicou.

    Ela disse, ainda, que o regime é responsável por prender e torturar civis e militares, prometendo “derrotar Maduro”.

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    A inelegibilidade atraiu uma série de críticas da oposição. Segundo o candidato Henrique Capriles, a ação é “inconstitucional, infundada e vergonhosa”.

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    O posicionamento foi ecoado pelo ex-presidente do Parlamento da Venezuela, Julio Borges, o ex-prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, o presidente da ONG Foro Penal, Alfredo Romero, e a pré-candidata oposicionista Delsa Solorzano.

    Somando-se ao rol dos críticos, o ex-presidente da Bolívia, Jorge “Tuto” Quiroga, utilizou suas redes sociais para compartilhar a notícia e afirmou que “Maduro selou sua derrota perante o mundo”. O ex-presidente Hugo Chávez, mesmo com medo, “jamais teria fugido” de uma disputa, acrescentou.

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