Governo francês suspende aumento de impostos sobre combustíveis
Fim do aumento era principal reivindicação do movimento dos "coletes amarelos", que gerou grande crise social no país
Por Da Redação
Atualizado em 4 dez 2018, 09h56 - Publicado em 4 dez 2018, 08h40
Motoristas de ambulâncias acendem sinalizadores nas cores da bandeira da França durante manifestação na Place de la Concorde em Paris - 03/12/2018 (Gonzalo Fuentes/Reuters)
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1/18 Pessoas participam de manifestação em Paris, França - 08/12/2018 (Piroschka van de Wouw/Reuters)
2/18 Manifestantes com coletes amarelos se ajoelham na Avenida Champs-Élysées próximo ao Arco do Triunfo e encara a Polícia francesa em Paris, França - 08/12/2018 (Christian Hartmann/Reuters)
3/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos entram em confronto com a Polícia na Avenida Champs-Élysées em Paris, França - 08/12/2018 (Christian Hartmann/Reuters)
4/18 Guarda francês observa carro incendiado durante protesto em Marseille, França - 08/12/2018 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
5/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos param em frente a loja vandalizada durante manifestação em Paris, França - 08/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
6/18 Manifestante segura pintura de Marianne vestindo um colete amarelo na Praça da República em Paris, França - 08/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
7/18 Manifestantes com coletes amarelos exibem cartazes e a bandeira da França durante protesto na Praça da República em Paris, França - 08/12/2018 (Piroschka van de Wouw/Reuters)
8/18 O presidente Emmanuel Macron, o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, o secretário de Estado Laurent Nunez e o prefeito da polícia de Paris Michel Delpuech chegam para visitar bombeiros e policiais no dia seguinte às manifestação em Paris - 02/12/2018 (Thibault Camus/Pool/Reuters)
9/18 Carros queimados são vistos no dia seguinte das manifestações em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
10/18 Um colete amarelo é visto dentro de uma loja vandalizada na manhã seguinte dos confrontos entre manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra os impostos mais altos sobre o diesel, e forças policiais em Paris, na França - 02/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
11/18 Uma pixação é vista ao lado de um caixa eletrônico depredado no dia seguinte das manifestações em Paris - 02/12/2017 (Stephane Mahe/Reuters)
12/18 Policiais trabalham em torno da mensagem feita no Arco do Triunfo "Os coletes amarelos triunfarão", escrita durante as manifestações da última noite em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
13/18 Manifestante é visto com uma bomba de gás lacrimogêneo durante a manifestação contra a alta dos impostos sobre o diesel - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
14/18 Vista aérea mostra confronto entre manifestantes de coletes amarelos e policiais durante um protesto contra medidas do governo francês - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
15/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra impostos mais altos no diesel, enfrentam a polícia de choque francesa durante os confrontos na Place de l'Etoile, perto do Arco do Triunfo, em Paris - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
16/18 Manifestantes de colete amarelo são vistos próximos a um carro em chamas durante protesto na Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
17/18 Manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra impostos mais elevados sobre o diesel, passa perto de um carro em chamas durante os protestos perto da Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
18/18 Uma nuvem de gás lacrimogêneo flutua proximo ao Arco do Triunfo, em Paris, enquanto manifestantes protestam contra a alta do preço dos combustíveis - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
O governo da França suspendeu por seis meses o novo aumento de impostos sobre os combustíveis que entraria em vigor em janeiro. A interrupção do aumento foi a primeira reivindicação do movimento dos “coletes amarelos”. Os manifestantes protagonizaram no sábado protestos de grande violência em todo o país, em particular em Paris.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, já comunicou aos deputados “uma moratória” desse aumento tributário em um encontro na manhã desta terça-feira, 4, com seu grupo parlamentar na Assembleia Nacional, segundo a imprensa local.
Philippe também apresentará outras medidas para tentar acalmar os ânimos dos “coletes amarelos” em um comunicado que deve ser transmitido pela televisão ainda hoje.
Segundo o premiê, contudo, nenhuma das medidas será tomada oficialmente antes de um debate apropriado com todas as partes afetadas e envolvidas.
O encontro entre o primeiro-ministro e algumas lideranças dos “coletes amarelos”, que estava previsto para esta tarde com o objetivo de buscar uma saída para a crise social, foi cancelado.
A maioria dos coletes “amarelos” tinha advertido desde ontem que não iria à reunião em sinal de protesto pela atitude inflexível do governo. Alguns deles confirmaram que receberam ameaças de outros integrantes do movimento para impedir que comparecessem ao encontro.
Soluções para a crise
Philippe recebeu ontem os responsáveis dos partidos políticos que lhe pediram que suspenda o aumento dos impostos sobre os combustíveis programado para 1º de janeiro.
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Na segunda-feira 3 à noite, o presidente Emmanuel Macron convocou para um gabinete de crise uma dezena de ministros cujas pastas estão diretamente envolvidas com as reivindicações dos manifestantes dos “coletes amarelos”.
Macron cancelou uma viagem prevista para a Sérvia na quarta e na quinta-feira por causa dos protestos, que hoje continuam na forma de bloqueios de algumas estradas.
Os impostos
O governo francês tinha programado um aumento das taxas sobre o combustível de 6,5 centavos de euros por litro para o gasóleo e de 2,9 centavos para a gasolina a partir de 1º de janeiro.
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As medidas faziam parte de sua estratégia para reduzir a dependência do petróleo e favorecer uma economia com emissões menores de dióxido de carbono para lutar contra a mudança climática.
Com o novo aumento, que se somaria ao que já foi aplicado no início deste ano (7,6 centavos para o gasóleo e 3,9 centavos para a gasolina), o governo previa arrecadar cerca de 3 bilhões de euros por ano.
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