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Governo do Equador chega a acordo com indígenas para acabar com protestos

Movimento indígena aceitou encerrar a chamada primeira etapa de manifestações e disse que irá avaliar o cumprimento do acordo em 90 dias

Por Matheus Deccache 30 jun 2022, 18h15

O governo do Equador anunciou nesta quinta-feira, 30, que firmou um acordo com lideranças indígenas para encerrar a onda de protestos que atingem o país há mais de duas semanas devido à alta no preço dos combustíveis e a situação econômica. O anúncio ocorre um dia depois do presidente, Guilhermo Lasso, dizer que não iria continuar com as negociações. 

Por meio das redes sociais, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, a Conaie, afirmou que considera oficialmente encerrada a chamada primeira etapa de manifestações e que, após 90 dias, irá analisar se as promessas do atual governo foram cumpridas. 

+ Presidente do Equador sobrevive a impeachment e trava negociações

A Conferência Episcopal Equatoriana, que mediou as negociações, disse que Lasso se comprometeu a diminuir mais US$ 0,05 no preço do galão do diesel e da gasolina, levando a uma redução total de US$ 0,15. Inicialmente, a Conaie demandava a diminuição de US$ 0,40 e, durante o primeiro anúncio de queda, os processos não se encerraram. 

“Agora começaremos, juntos, a tarefa de transformar essa paz em progresso, bem-estar e oportunidades para todos”, disse o presidente, que não esteve presente na assinatura do acordo. 

Na última quarta-feira, 29, Guilhermo Lasso chegou a anunciar que não iria mais negociar com o movimento indígena, principal responsável pelos protestos, pouco após se salvar de um processo de impeachment, que recebeu 80 dos 92 votos necessários. 

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Apesar da redução não ser a demandada pela Conaie, o grupo ponderou que outras questões também foram resolvidas, como a revogação de um decreto presidencial que permitia ao Estado ampliar as fronteiras ​de extração de combustíveis fósseis, em grande parte na região da Amazônia equatoriana.

+ Equador reduz preço de combustíveis em concessão a manifestantes

As manifestações começaram em 14 de junho para exigir que os preços da gasolina fossem reduzidos em US$ 0,40 por galão, para US$ 2,10. Os protestos começaram com bloqueios pacíficos nas estradas, mas os níveis de violência aumentaram em partes do país, incluindo a capital, Quito, levando o ex-banqueiro conservador Lasso a decretar um estado de exceção em seis províncias. 

Um soldado, identificado como José Chimarro, foi morto enquanto fazia a escolta de um caminhão-tanque no leste do país. De acordo com os militares, ele estava com um grupo que foi abordado por pessoas portando lanças e armas, ferindo outros cinco policiais e sete soldados. 

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