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Governo de Nicolás Maduro admite espionagem ilegal de funcionários da ONU

Governo da Venezuela rejeitou relatório preliminar do painel de peritos eleitorais e acusou especialistas de terem contato com autoridades dos EUA

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 ago 2024, 12h15 - Publicado em 14 ago 2024, 12h11
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  • O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 31/07/2024
    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (31/7/2024) (Gaby Oraa/Bloomberg/Getty Images)

    O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rejeitou em comunicado publicado nesta quarta-feira, 14, um relatório preliminar do painel de peritos eleitorais da Organização das Nações Unidas. O documento publicado pelo regime, no entanto, confirma que autoridades venezuelanas teriam realizado espionagem ilegal durante a visita dos especialistas, acusando o painel de ter contatos frequentes com membros do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o que faria com que as declarações dos peritos fossem produto de “instruções hostis”.

    + Somente 6 em cada 100 venezuelanos acreditam em vitória de Maduro, diz pesquisa

    Em um trecho do documento sobre o relatório preliminar, o governo venezuelano afirma ser “surpreendente que durante a sua estadia na Venezuela, os membros deste falso painel de especialistas tenham tido frequentes contatos diretos, via telefone e através de videoconferências, com funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos”. O fato, se confirmado, mostra que o governo teria monitorado conversas feitas pelos especialistas durante estadia no país.

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    Trecho de documento publicado pelo governo da Venezuela (Reprodução/Reprodução)

    O relatório feito pela ONU afirma que especialistas Domenico Tuccinardi, da Itália, Fernanda Abreu, de Portugal, Roly Dávila, da Guatemala, e Maria de Lourdes González, do México, tiveram acesso a todas as fases da o processo eleitoral, no qual Maduro foi declarado vencedor de forma fraudulenta. No entanto, o comunicado oficial denuncia que os especialistas emitiram “opiniões irresponsáveis ​​e serviram os interesses golpistas da extrema direita venezuelana”, interagindo com membros da oposição antes, durante e depois do processo eleitoral.

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    + Edmundo González assumirá como presidente da Venezuela em 10 de janeiro, diz oposição

    Na madrugada de 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral do país anunciou a vitória de Maduro, mas até agora não apresentou os dados detalhados por mesa de votação.

    A oposição denunciou fraudes e afirmou estar em posse de 80% das atas, que comprovariam a vitória de Urrutia. O governo nega as irregularidades e classifica as provas como falsas. Segundo o CNE, Maduro foi eleito com 51,2% dos votos, enquanto González ficou com 44%. Já a contagem paralela, apresentada pela oposição, coloca González como vencedor do pleito, com 67% dos votos.

    Na segunda-feira, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou que González assumirá como novo presidente em 10 de janeiro, data em que termina o atual mandato de Maduro.

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    A indefinição eleitoral no país segue promovendo um estado de caos político. Os dados mais recentes, da última terça-feira, contabilizam ao menos 24 mortos e 2.200 detidos nos protestos que eclodiram após o anúncio de reeleição de Maduro. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos manifestou nesta terça profunda preocupação com o elevado número de “prisões arbitrárias” e o “uso desproporcional” da força para reprimir manifestantes que foram às ruas contra a reeleição de Maduro.

    No sábado, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano informou que iniciou uma auditoria das eleições. A presidente da corte, Caryslia Rodríguez, afirmou que a decisão sobre a legitimidade do pleito terá “caráter inapelável” e será de “cumprimento obrigatório”.

    O TSJ é alinhado ao chavismo e realizará a perícia a pedido do próprio Maduro.

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