O gabinete de segurança de Israel irá se reunir nesta quinta-feira, 10, para decidir a resposta ao ataque de mísseis do Irã contra território israelense, no início deste mês, de acordo com uma autoridade israelense ouvida pela emissora americana CNN.
O gabinete funciona como um pequeno fórum para coordenar crises e tomar decisões rápidas, sob comando do primeiro-ministro. Estão presentes também chefes de outras pastas, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Defesa, Justiça e Segurança Nacional.
Na quarta-feira, após telefonema entre o premiê Benjamin Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu uma resposta “letal” contra o Irã.
Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, o ataque ao território israelense no início de outubro foi uma retaliação pela morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas em bombardeios israelenses no Líbano e em território iraniano. Israel vem intensificando seus ataques ao Líbano, tendo matado cerca de 2.000 libaneses, incluindo mulheres e crianças, e vários comandantes do Hezbollah nas últimas semanas.
Confrontos após os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, já deixaram mais de 1.200 mortes em Israel, 41.000 mortos na Palestina, cerca de 1,2 milhão de pessoas deslocadas. Dois brasileiros perderam a vida durante ataques israelenses ao Líbano, sendo eles Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15, natural de Foz do Iguaçu.
Após descrever o ataque com mísseis do Irã como um fracasso, Gallant disse em um vídeo emitido por seu gabinete após o término da ligação entre Biden e Netanyahu: “Quem nos atacar será ferido e pagará um preço. Nosso ataque será mortal, preciso e, acima de tudo, surpreendente, eles não entenderão o que aconteceu e como aconteceu, eles vão ver os resultados”.
Nos últimos dias, Netanyahu prometeu que o Irã pagará por seu ataque com mísseis, enquanto Teerã disse que qualquer retaliação resultaria em grande destruição, aumentando os temores de uma guerra mais ampla na região.