O furacão Helene deixou ao menos 90 mortos e mais de 2,5 milhões de pessoas sem energia nos Estados Unidos. O cálculo do número de vítimas foi realizado de maneira independente pela agência de notícias Reuters, com base em informações de autoridades estaduais e locais, sendo divulgado nesta segunda-feira, 30. As mortes foram registradas nos estados de Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Tennessee e Virgínia.
Acredita-se que novos corpos sejam descobertos nos próximos dias, já que centenas de pessoas ainda estão desaparecidas. A Carolina do Sul relatou 25 mortos; a Geórgia, 17; a Flórida, 11. Na Carolina do Norte, as mortes ficaram concentradas no Condado de Buncombe, onde 30 pessoas morreram, disse o xerife Quentin Miller a repórteres.
Em entrevista à emissora americana CNN, o governador Roy Cooper destacou que trata-se de “uma catástrofe devastadora de proporções históricas”. Além disso, ele anunciou que equipes de busca e salvamento de 19 estados e do governo dos Estados Unidos se deslocaram para a Carolina do Norte.
A respeito da dimensão do estrago, Cooper afirmou que algumas estradas podem levar meses para serem reparadas. Ao redor dos Estados Unidos, estima-se que os danos variem de US$ 15 bilhões a mais de US$ 100 bilhões, disseram seguradoras e meteorologistas à Reuters.
Uma autoridade do Departamento de Energia dos EUA, sob condição de anonimato, também comunicou à agência que cerca de 2,7 milhões de clientes em todo o Sul ficaram sem energia neste domingo, uma queda de 40% em relação à sexta-feira, quando fortes chuvas atingiram a região. Algumas áreas registraram tempestades de 4,5 metros.
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Visita de Biden
O presidente americano, Joe Biden, visitará os estados nesta semana, segundo a Casa Branca. Em nota neste sábado, 28, o democrata disse estar “profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão Helene no sudeste” e que o governo continua focado “em esforços de resposta e recuperação para salvar e sustentar vidas”.
“À medida que nos voltamos para os esforços de recuperação, garantiremos que nenhum recurso seja poupado para garantir que famílias, empresas, escolas, hospitais e comunidades inteiras possam começar rapidamente seu caminho para a reconstrução”, acrescentou ele.
O comunicado foi seguido por uma declaração da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata ao comando da Casa Branca. Ela disse que seu “coração está com todos os afetados pela devastação desencadeada pelo furacão Helene” e que funcionários federais estavam “no local para apoiar as famílias que foram afetadas para que recursos essenciais como comida, água e geradores estejam disponíveis”.
“Também aprovamos declarações de emergência para Alabama, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee – disponibilizando recursos e financiamento para maximizar nossos esforços de resposta coordenada nos níveis local, estadual e federal”, concluiu.
Por sua vez, o ex-presidente Donald Trump, que enfrenta Kamala no páreo, anunciou que visitará Valdosta, Geórgia, nesta segunda-feira para analisar os danos causados pela tempestade e “facilitar a distribuição de suprimentos de socorro”.