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Funcionários do Google e do Facebook irão trabalhar de casa até 2021

Empresas de tecnologia temem segunda onda de infecções por Covid-19 e já se preparam para inserir o 'home office' como prática cotidiana

Por Vinicius Novelli Atualizado em 8 Maio 2020, 18h53 - Publicado em 8 Maio 2020, 17h48
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  • A pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, levou as empresas americanas GoogleFacebook a sinalizar com o trabalho em casa da maioria de seus funcionários até 2021. Sundar Pichai, chefe executivo da Google, disse em comunicado que apenas os trabalhadores impossibilitados de exercer suas funções remotamente deverão voltar aos escritórios em julho. Esse grupo, no entanto, é minoria dentro da corporação. Sundar determinou que a maior parte dos funcionários irá trabalhar de casa até 2021.

    A informação publicada pelo site The Information foi confirmada a VEJA pelo Google. O Facebook ainda está determinando quais funcionários deverão trabalhar de casa até outubro ou novembro deste ano. Mas a empresa de Mark Zuckerberg anunciou o cancelamento dos eventos que reúnam mais de 50 pessoas até junho de 2021.

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    “O Facebook deu um novo passo em sua filosofia de retorno ao trabalho. Hoje, anunciamos que todos que podem trabalhar remotamente e vão poder escolher essa opção até o fim do ano”, disse um porta-voz da rede social na quinta-feira 7. “Como se pode imaginar, esta é uma situação em evolução neste momento em que os empregados e suas famílias tomam decisões importantes sobre o retorno ao trabalho.”

    Movimento similar foi tomado por outras grandes empresas do setor, como a Amazon. A escolha de datas para a reaberturas de escritórios dessas companhias, porém, não coincide com as estimativas dos governos, principalmente dos Estados Unidos, que pretende reabrir a economia no início de junho e prevê o controle total da doença em julho. O país ainda figura como epicentro da pandemia de Covid-19, com quase 1,3 milhão de casos confirmados de contaminação e 76.527 mortes.

    Essas corporações temem a falta de transparência dos governos sobre a evolução da pandemia e, sobretudo, o riso de uma segunda onda de casos de Covid-19 que possa atingir seus funcionários, segundo Rubens Pimentel, consultor de gestão e liderança no Brasil.

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    Pimentel diz que a pandemia trouxe uma experiência inédita para os empregados, principalmente de empresas do terceiro setor: trabalhar de casa. Em sua opinião, essa experiência se transformará em tendência no mercado de trabalho nos próximos anos. “O novo normal vai ser um normal-híbrido. Na hora que for melhor, trabalha-se em casa. Na hora que for necessário participar de uma reunião os colegas de trabalho, vai-se para a empresa”, avalia.

    A pandemia causou um impacto econômico nunca antes visto desde o fim da Grande Depressão, na década de 1930. Somente nos Estados Unidos, a taxa de desemprego aumentou para 14,4%, a maior cifra desde a década de 1980, e a previsão para o crescimento do país neste ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), é de -6,2%. O Produto Interno Bruto (PIB) mundial, por sua vez, deverá recuar 3% neste ano.

    O custo humano da pandemia é alto. Nesta sexta-feira, a Johns Hopkins University, que faz o levantamento dos números da doença quase que em tempo real, contabiliza 3.910.738 de infectados e 272.778 mortos.

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