França vai reconhecer Estado da Palestina na ONU, anuncia Macron
Decisão será oficialmente na próxima Assembleia Geral, em setembro
A França vai reconhecer o Estado da Palestina na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, anunciou nesta quinta-feira, 24, o presidente Emmanuel Macron.
“Fiel ao compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França vai reconhecer o Estado da Palestina. Anunciarei solenemente durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro”, publicou Macron nas redes sociais.
A decisão já havia sido sugerida nos últimos meses. Hoje, quase 150 países reconhecem o Estado da Palestina. Entre eles, estão Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Suécia, Polônia, Irlanda, Rússia, Ucrânia e China. Em meio à guerra entre Israel e Hamas, outras nove nações reconheceram no ano passado: Armênia, Eslovênia, Irlanda, Noruega, Espanha, Bahamas, Trinidad e Tobago, Jamaica e Barbados.
+ Países da UE aumentam pressão por ‘medidas concretas’ sobre crise humanitária em Gaza
A resolução 181 das Nações Unidas, emitida em 1947, já previa a criação da Palestina e de Israel. No entanto, o Estado israelense progressivamente invadiu territórios definidos como palestinos pela ONU, levando à eclosão de uma série de conflitos regionais. Por sua vez, lideranças árabes nunca reconheceram a resolução e, como consequência, muito menos a fundação de Israel.
A decisão da França se dá em meio ao aumento de pressão de países europeus sobre a ofensiva israelense em Gaza. Em reunião em Bruxelas na quarta-feira, 23, representantes de diversos países da União Europeia pediram “medidas concretas” do bloco sobre a situação humanitária, disseram fontes diplomáticas ouvidas pela agência de notícias francesa AFP.
Segundo as fontes, diplomatas reiteraram preocupação com a implementação efetiva do acordo alcançado há duas semanas pelo bloco europeu com Israel sobre acesso de ajuda humanitária a Gaza, que prevê a passagem diária de cerca de 160 caminhões de ajuda humanitária, o dobro da situação atual — nesta quinta-feira, no entanto, autoridades israelenses afirmaram que apenas 70 caminhões haviam sido descarregados no dia anterior.
Os embaixadores dos 27 países em Bruxelas devem se reunir novamente na próxima semana para discutir a situação em Gaza e pretendem permanecer mobilizados durante todo o mês de agosto, segundo as fontes da AFP.
Em uma carta aberta, cerca de 40 embaixadores da UE pediram “sanções seletivas” contra “ministros, funcionários, comandantes militares” e “colonos israelenses violentos” acusados de “crimes de guerra”.
“Israel fez alguns esforços com base nos parâmetros acordados; o número de caminhões que entram em Gaza aumentou; cruzamentos e rotas adicionais foram abertos”, disse nesta quinta-feira o porta-voz do serviço diplomático da UE, Anouar El Anouni,. “Mas, obviamente, ainda há muito, muito a ser feito”.
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