O Ministério Público de Paris abriu uma investigação preliminar sobre o incêndio na Catedral de Notre Dame, ainda não controlado. Segundo o jornal Le Monde, a missão foi confiada à Diretoria Regional da Polícia Judiciária francesa.
A Prefeitura de Paris montou uma sala de crise, para acompanhar o combate às chamas, e ordenou a retirada de moradores e visitantes da Ile de la Cité, onde está localizada a catedral, informou o jornal Le Figaro. Cerca de 1.000 pessoas moram na região. Parte delas está abrigada no espaço Blancs Manteaux, para onde a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, irá para acalmar os moradores.
O Escritório de Turismo trabalha na reacomodação dos hóspedes de hotéis localizados na Ile de la Cité. O vice-prefeito de Paris, Emmanuel Grégoire, afirmou que a prioridade é “evitar o risco de colapso de danos colaterais para residentes e turistas”. Em seguida, será salvar as obras de arte e, ao mesmo tempo, controlar o incêndio, “cuja violência é espetacular”.
O incêndio começou às 17h50 (12h50, em Brasília), segundo o porta-voz da catedral, André Finot. Um das torres desabou e, no interior do templo, as chamas consumiram quase todas as relíquias e obras de artes. A catedral estava em restauração.
Segundo o porta-voz da catedral, André Finot, os objetos sagrados mais valiosos estão guardados na sacristia, local ainda não atingido pelas chamas. “É preciso ver se o cofre será tocado ou não pelo incêndio”, afirmou, segundo o jornal Le Figaro. “Os objetos sagrados são preservados na sacristia. Normalmente, não há risco de serem queimadas.”
Segundo o Figaro, 16 estátuas de cobre estão a salvo porque foram retiradas da catedral no último dia 11 para restauro em Périgueux. Cada uma delas pesa cerca de 250 quilos e mede 3 metros de altura. Elas devem retornar à torre da catedral em 2022.
O incêndio é considerado muito difícil de ser controlado pelos bombeiros. Há mais de 400 profissionais atuando neste momento no combate às chamas, segundo o general Jean-Claude Gallet, comandante da brigada de Bombeiros de Paris. A ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de despejar tanques de água elevados por helicópteros foi descartada por risco de colapso da estrutura da catedral.