As forças iraquianas chegaram nesta segunda-feira a uma ponte estratégica sobre o rio Tigre em Mossul, no nono dia da ofensiva para recuperar a zona oeste da cidade do grupo Estado Islâmico (EI). As tropas chegaram ao acesso oeste, parcialmente destruído por bombardeios, afirmou à AFP o general Yahya Rasool, porta-voz do comando militar. “Isto significa que a ponte está sob nosso controle dos dois lados”, completou.
As forças iraquianas conquistaram no fim de janeiro a parte leste de Mossul, três meses depois do início de uma ampla ofensiva para reconquistar o último reduto do EI no Iraque. Esta “quarta ponte”, como é chamada, é a mais ao sul das cinco que atravessam o rio Tigre. As construções foram todas atingidas por ataques e são praticamente inutilizáveis.
“As unidades de engenharia poderão habilitar uma ponte para que possamos atravessar com material e munições” afirmou no domingo o coronel Falah al-Wabdan, das Forças de Intervenção Rápida do ministério do Interior.
Cerco a Mossul – Depois controlar os arredores de Mossul, as forças de elite iraquianas precisaram de mais de dois meses para reconquistar, no final de janeiro, a parte leste de Mosul. A parte ocidental é menor que a oriental, mas está mais densamente povoada e é nesta área onde se encontram alguns dos redutos dos extremistas. Segundo a ONG Save the Children, cerca de 350.000 crianças se encontram na parte oeste da cidade.
A conquista de Mossul significaria o fim da presença no Iraque de EI como força implantada no território. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, afirmou no final de dezembro que seriam necessários três meses para expulsar o EI do país. Na vizinha Síria, o EI defende com unhas e dentes o seu reduto de Raqa, assim como a cidade vizinha de Al Bab, perto da fronteira turca.
(Com AFP)