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Forças de Israel deixam Cisjordânia após 9 dias de operação; 37 foram mortos

Embora grande parte dos mortos tenha ligação com grupos radicais, Ministério da Saúde palestino afirmou que há crianças entre vítimas

Por Da Redação 6 set 2024, 11h41
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  • Cisjordânia - Israel - Faixa de Gaza - Hamas - Palestina
    Soldados israelenses durante uma operação no campo de Nur Shams para refugiados palestinos, perto da cidade de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada por Israel - 28/08/2024 (JAAFAR ASHTIYEH/AFP)

    Após nove dias de operação, as Forças de Defesa de Israel (FDI) se retiraram nesta sexta-feira, 6, da cidade de Jenin, na Cisjordânia, território palestino parcialmente ocupado por militares israelenses e colonos judeus. Ao todo, 37 pessoas foram assassinadas na incursão, incluindo um soldado israelense. Embora grande parte dos mortos façam parte de grupos radicais, o Ministério da Saúde palestino afirmou que há crianças entre as vítimas.

    Em comunicado, as FDI afirmaram que “14 terroristas foram eliminados, mais de 30 suspeitos foram presos, aproximadamente 30 explosivos plantados sob estradas foram desinstalados”. Além disso, os militares disseram ter desmantelado “inúmeros locais de infraestrutura terrorista, incluindo uma instalação subterrânea de armazenamento de armas localizada sob uma mesquita e um laboratório usado para fabricar explosivos”. “Grandes quantidades” de armas foram apreendidas, concluiu a declaração.

    Além de Jenin, a cidade de Tubas e o campo de refugiados de Al-Faraa foram invadidos por soldados israelenses na última semana. Esta operação na Cisjordânia foi considerada a mais violenta e mortal desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro do ano passado. No período da incursão, serviços públicos foram suspensos e os cidadãos praticamente não saíram de casa, na tentativa de escapar dos ataques por céu e terra. Ou seja, nesta sexta, os habitantes de Jenin poderão sair às ruas pela primeira vez desde 27 de agosto.

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    Destruição em Jenin

    Em entrevista à emissora britânica BBC, o chefe do hospital governamental de Jenin afirmou que o centro médico sofreu cortes de energia e água nos quatro dias iniciais da operação israelense. Para manter dois pacientes idosos e dois recém-nascidos vivos com ventiladores pulmonares, a equipe médica teve de usar geradores e tanques de água.

    Além disso, parte das casas foram transformadas em ruínas. Khalid abu Sabeer, residente de Jenin, disse à BBC que soldados de Israel invadiram o seu apartamento, um porão que depois foi destruído em uma explosão. Ele alegou que os militares estavam interessados em uma caverna vazia situada abaixo do prédio. Khalid acrescentou que foi aconselhado a deixar o local antes que fosse destruído.

    As principais estradas da cidade foram devastadas e árvores estão caídas por todos os lados. No momento, veículos de construção tentam reerguer Jenin, enquanto vendedores ambulantes voltaram ao trabalho e cafeterias recebem multidões, compostas por diferentes gerações. Também foram realizados funerais no campo de refugiados nesta sexta-feira. Segundo relatos, ao menos oito dos mortos são civis.

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