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FMI: 40% dos empregos no mundo podem ser afetados por avanço da IA

Em publicação, diretora Kristalina Georgieva pediu que governos criem redes de proteção e montem programas de treinamento para conter impacto tecnológico

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h23 - Publicado em 15 jan 2024, 11h16
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  • Quase 40% dos empregos em todo o mundo poderão ser afetados pelo crescimento do uso de inteligência artificial (IA), de acordo com o Fundo Monetário Internacional. Em publicação no domingo, 14, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, pediu que governos criem redes de proteção e montem programas de treinamento para conter o impacto tecnológico.

    “Na maioria dos cenários, a IA irá provavelmente agravar a desigualdade geral, uma tendência preocupante que os decisores políticos devem abordar proativamente para evitar que a tecnologia alimente ainda mais as tensões sociais”, escreveu Georgieva antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, onde o tema está no topo da agenda.

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    Segundo o FMI, é provável que os efeitos sejam sentidos mais profundamente nas economias avançadas do que nos mercados emergentes, em parte porque os trabalhadores de colarinho branco são vistos como estando em maior risco do que os trabalhadores manuais. Nas economias mais desenvolvidas, por exemplo, até 60% dos empregos poderiam ser afetados.

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    Nos mercados emergentes, como o Brasil, e nos países de rendimentos mais baixos, como Burundi, espera-se que 40% e 26% dos empregos sejam afetados pela IA, respetivamente.

    Preocupação global

    O tema já vem preocupando países. Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia e China concordaram, em novembro, que a inteligência artificial representa um risco potencialmente catastrófico para a humanidade, na primeira declaração internacional para lidar com a tecnologia emergente.

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    O documento fornece um modelo para a colaboração internacional no futuro, com encontros de segurança planejados para a Coreia do Sul dentro de seis meses e para a França dentro de um ano.

    “Pela primeira vez, temos agora países que concordam que precisamos de olhar não apenas de forma independente, mas coletivamente, para os riscos”, disse Michelle Donelan, secretária de Tecnologia do Reino Unido.

    Até agora, porém, há pouco entendimento internacional sobre um conjunto global de regulamentos de IA ou sobre quem deve elaborá-los.

    Os EUA aproveitaram a reunião para anunciar um Instituto Americano de Segurança de IA separado dentro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA, que ela chamou de “um terceiro neutro para desenvolver os melhores padrões da classe”, acrescentando que o instituto desenvolveria suas próprias regras para segurança, proteção e testes. A UE também está em processo de aprovação de um projeto de lei sobre IA, que visa desenvolver um conjunto de princípios de regulamentação, bem como introduzir regras para tecnologias específicas, como o reconhecimento facial ao vivo.

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