As Farc, antiga guerrilha colombiana convertida em partido político, denunciaram nesta terça-feira (29) a morte de 24 ex-combatentes neste ano. Na semana passada, três ex-guerrilheiros em processo de reintegração social e econômica no sudoeste da Colômbia foram assassinados.
Cristián Bellaizac, Jhon Jairo Ruiz e Wilinton Bravo morreram entre os dias 22 e 26 de maio nas regiões pobres do Vale do Cauca, segundo documento da Força Revolucionária Alternativa do Comum, o partido Farc. Com essas mortes, chega a “24 o número de assassinatos de ex-combatentes” neste ano.
Desde a assinatura do acordo de paz entre o governo de Juan Manuel Santos e as lideranças das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (a guerrilha Farc), no final de 2016, 7.000 rebeldes foram desarmados e 40 militantes do novo partido foram mortos.
O acordo de paz abriu a possibilidade para as lideranças da guerrilha se organizarem como partido político, mas previu também a recuperação econômica de áreas de combate e a reintegração social de ex-rebeldes, agora desarmados. Parte dessa agenda social não foi posta totalmente em prática.
O grupo preferiu manter a sigla histórica – Farc – ao escolher sua nova denominação política. O antigo líder guerrilheiro, Rodrigo Longoño ou Timochenko, candidatou-se à Presidência da Colômbia neste ano, mas desistiu da disputa em março.
O acordo de paz é o tema mais sensível da eleição presidencial, dadas as percepções polarizadas da popularização sobre os benefícios e os termos desse tratado. Em 17 de junho, o candidato de direita Iván Duque, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, e o ex-guerrilheiro do M-19, Gustavo Petro, disputam o segundo turno da eleição.
(Com EFE)