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Extrema direita não funcionou em nenhum país que governou, diz Lula

Presidente brasileiro se recusou a dar palpite sobre possível reeleição de Fernández na Argentina neste ano, mas disse que direita não é opção viável

Por Caio Saad, de Buenos Aires, e Amanda Péchy
Atualizado em 23 jan 2023, 19h54 - Publicado em 23 jan 2023, 14h39
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  • Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva (L) and Argentine President Alberto Fernandez (R) shake hands during a press conference at the Casa Rosada presidential palace in Buenos Aires on January 23, 2023. - Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva began his first international tour last Sunday with a visit to Argentina and Uruguay with the aim of restoring regional leadership to Brazil after the management of the far-right Jair Bolsonaro. (Photo by Luis ROBAYO / AFP)
    Amigos, amigos, negócios a parte: sem dizer que apoiaria segundo mandato do argentino Alberto Fernández, Lula condena eleição de candidato de extrema direita no país. 23/01/2023 - (Luis Robayo/AFP)

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 23, em pronunciamento ao lado do líder argentino, Alberto Fernández, que não declararia apoio antecipado a uma campanha de reeleição do colega, mas que a Argentina não se beneficiaria de um mandatário de extrema direita, já que um governo tal “não funcionou em nenhum país”.

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    “Não gosto de dar palpite sobre a política de outros países. Não é correto. A única coisa que posso dizer é que, quando Alberto Fernandez ganhou as eleições na Argentina, eu fiquei muito feliz”, afirmou Lula. “Não sei se ele será candidato ou não, não sei quantos candidatos vão disputar a eleição argentina, o único que eu quero é que a Argentina não permita que a extrema direita ganhe as eleições por aqui.”

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    A Argentina tem eleições presidenciais marcadas para 29 de outubro, e candidatos irão enfrentar um caminhão de problemas. A economia do país está em decadência há muito tempo e tem uma das maiores dívidas per capita da América Latina. Além disso, há uma inflação altíssima, salários baixos e baixo crescimento – tudo agravado pela forma como o governo lidou com a pandemia de Covid-19.

    Nem todos esses problemas são responsabilidade exclusiva do presidente Fernández e de sua poderosa vice-presidente, Cristina Fernández de Kirchner – ambos da coalizão peronista de centro-esquerda. O ex-presidente Mauricio Macri acumulou enormes dívidas com o FMI antes de ser derrotado em 2019. Mas é justo dizer que Fernández e Cristina não conseguiram resolver os problemas econômicos do país.

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    Além disso, a dupla foi atormentada por outros problemas, notadamente a corrupção. Em dezembro do ano passado, Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão em um escândalo sobre um esquema de propina que destinou contratos públicos a um amigo em troca de subornos. Agora, os peronistas parecem estar lutando para se unificar em torno de um candidato para disputar a eleição.

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    Enquanto isso, o partido de Macri está igualmente dividido. Essas circunstâncias políticas e econômicas podem favorecer um terceiro candidato: Javier Milei, um populista libertário que vem subindo nas pesquisas e cujo estilo brusco rendeu-lhe comparações com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o brasileiro Jair Bolsonaro.

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    “Espero que o povo argentino, na sua inteligência, não permita que aconteça um desastre político-eleitoral aqui na Argentina”, disse Lula. “A extrema direita não deu certo em nenhum país que governou.”

    Para Lula, o problema do Brasil foi que Bolsonaro não respeitou a Constituição do país e não respeitou as Forças Armadas.

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    “As Forças Armadas não existem para servir a um político, mas sim para assegurar a soberania do nosso país, sobretudo contra possíveis inimigos externos, e para assegurar a tranquilidade do povo brasileiro”, concluiu.

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