Ao menos 11 trabalhadores morreram e outros 10 seguem presos após várias explosões em minas de carvão no município de Sutatausa, na região central da Colômbia, nesta quarta-feira, 15. O incidente teve início na noite de terça-feira e provavelmente foi causado pelo acúmulo de gás metano no interior das minas.
Apesar do governador Nicolás García Bustos ter relatado, a princípio, a morte de apenas quatro trabalhadores, o número de vítimas cresceu com o passar das horas. Álvaro Farfán, capitão do corpo de bombeiros de Cundinamarca, disse à mídia local que, pelo fato das cinco minas da área serem conectadas, foi gerada uma explosão “em cadeia”.
Nesta quarta-feira, García usou suas redes sociais para atualizar para 11 o número de mortos e reforçar que os “resgates não param”. No seu último informe, disse que o hospital de Ubaté prestou atendimento a nove trabalhadores. Entre 30 garimpeiros que estavam no local, sete conseguiram sair do deslizamento por conta própria.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, prestou solidariedade às famílias das vítimas nas suas redes sociais ao tratar o caso como uma “tragédia lamentável”.
Una lamentable tragedia lo sucedido en la mina de Sutatausa, donde fallecieron 11 personas. Estamos haciendo todos los esfuerzos con la gobernación de Cundinamarca para rescatar con vida a las personas atrapadas. Un abrazo de solidaridad a las víctimas y a sus familiares.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) March 15, 2023
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Dezenas de trabalhadores extraiam carvão em várias galerias subterrâneas no momento das explosões. Segundo informações do jornal colombiano El Espectador, a mina apresenta todos os certificados e licenças em ordem.
“A área tem título minerário em nome da empresa Minas y Minerales Minminer, emitido em novembro de 2002 e válido até 2032 . A operação tem ainda ficha ambiental desde novembro de 2015, sendo explorada ao abrigo do contrato de concessão L685”, relatou o jornal.
No Departamento de Cundinamarca e em Boyacá, centenas de minas de carvão não apresentam condições adequadas para o trabalho, o que já levou a acidentes e vítimas nos últimos anos. Ainda no local, socorristas da Agência Nacional de Mineração (ANM), bombeiros, Cruz Vermelha, Defesa Civil atuaram em conjunto nos resgates.