Ex-marido de brasileira morta em Sydney receberá herança de US$ 1,8 milhão
Corpo de Cecilia Haddad foi encontrado às margens de rio; ex-namorado foi acusado por assassinato
A Justiça da Austrália decidiu que o ex-marido da executiva Cecilia Haddad, assassinada em abril em Sydney, é o único beneficiário da herança de 1,8 milhão de dólares (6,7 milhões de reais) deixada pela brasileira.
De acordo com o jornal local The Sydney Morning Herald, Felipe Torres venceu a batalha legal que enfrentava com a família de Cecilia após o caso ser levado para a Suprema Corte do país.
A advogada que representa o pai de Cecilia, José Ibrahim Haddad, disse ao jornal que as partes chegaram a um acordo, depois que José Ibrahim reconheceu que sua filha e Torres ainda estavam casados quando ela morreu.
A batalha judicial começou em junho, quando a Justiça australiana concedeu a herança de Cecília à família dela. Torres, que mora em Perth, também na Austrália, recorreu.
Segundo o The Sydney Morning Herald, Cecília e Felipe se casaram no Brasil e começaram o processo de divórcio no país, mas nenhum pedido foi encaminhado na Austrália.
O assassinato
O corpo de Cecilia foi encontrado às margens do rio Lane Cover na cidade de Sydney no final de abril.
O ex-namorado de Cecília, Mario Santoro, de 40 anos, foi acusado pelo crime. Ele viajou da Austrália para o Brasil no mesmo fim de semana em que a executiva foi morta, despertando suspeitas.
Santoro foi preso no Rio de Janeiro em 7 de julho. A mãe da brasileira, Milu Muller, contou ao jornal The Daily Telegraph que o ex-namorado perseguia sua filha desde o fim do relacionamento.
Cecilia, que tinha 38 anos quando foi assassinada, trabalhava para uma mineradora no Estado de Austrália Ocidental antes de se mudar, em 2016, para o subúrbio de Ryde, em Sydney, onde era gerente em uma transportadora.