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Ex-assessor de Trump, Steve Bannon declara apoio a Bolsonaro: ‘Brilhante’

Polêmico ex-estrategista-chefe da Casa Branca negou envolvimento com campanha do brasileiro, mas apontou semelhanças do candidato com presidente americano

Por Da Redação
26 out 2018, 13h29
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  • Steve Bannon, ex-assessor do presidente americano Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (26) apoio ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, dois dias antes do segundo turno da eleição para o Palácio do Planalto.

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    “O capitão Bolsonaro é um brasileiro patriota e, acredito, um grande líder para seu país nesse momento histórico”, afirmou o líder conservador em mensagem enviada à agência Reuters.

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    Em entrevista à BBC Brasil de sua casa em Washington, Bannon também fez muitos elogios a Bolsonaro. O americano descreveu o deputado como alguém “líder”, “brilhante”, “sofisticado” e “muito parecido” com Trump.

    “Ele está concorrendo com a corrupção e a incompetência desta classe política permanente, que levou uma nação com tantos recursos naturais a um ponto de crescimento lento ou estagnado, sem aumento dos salários, com pobreza”, afirmou à BBC. “Eu acho que Bolsonaro, seus filhos e conselheiros são sofisticados. Agora isso está apenas começando a aparecer”.

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    “Ele é um cara brilhante. Eu digo às pessoas que fiquei muito impressionado e os admiro por terem vindo aqui com humildade”, disse ainda, sobre um encontro com Eduardo Bolsonaro em Nova York em agosto. 

    O ex-assessor de Trump, contudo, negou fazer parte da campanha do brasileiro. “Sou apenas um apoiador. Eu estou aqui endossando com alegria o capitão Bolsonaro e sua campanha para se tornar o próximo líder do Brasil”, disse.

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    Durante a entrevista, o americano também fez críticas aos principais veículos de imprensa do mundo e minimizou o impacto das fake news nas eleições brasileiras.

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    Steve Bannon comandou a campanha de Trump e foi conselheiro do presidente durante os sete primeiros meses de mandato. Entre outras coisas, durante o período de transição, participou de reuniões que interessaram investigadores que buscavam um suposto conluio entre a Rússia e a campanha de Trump nas eleições presidenciais americanas em 2016. Ele foi interrogado pela polícia sobre o caso.

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    Desde agosto de 2017, o polêmico assessor foi afastado oficialmente, por Donald Trump, de seu cargo de estrategista-chefe da Casa Branca. A demissão foi confirmada menos de uma semana depois que conflitos durante uma marcha de supremacistas brancos em Charlotteville, no Estado da Virgínia, deixaram uma pessoa morta e várias feridas.

    A imprensa americana acusou Bannon de estar ligado a membros da extrema direita americana que organizaram os protestos. Ele nega qualquer envolvimento, mas trabalhou no portal de notícias de extrema direita Breitbart News por ao menos 5 anos.

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    Ele se demitiu do posto de diretor do site em janeiro, depois que acusou o filho mais velho do presidente, Donald Trump Jr., de cometer uma “traição” e um “ato antipatriótico” por sua reunião antes das eleições com uma advogada russa que alegava ter informações comprometedoras sobre a candidata democrata Hillary Clinton.

    As afirmações foram feitas por Bannon ao jornalista Michael Wolff, em entrevista para o livro Fogo e Fúria — Por Dentro da Casa Branca de Trump, publicado pela editora Objetiva no Brasil.

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    Encontro com Eduardo Bolsonaro e segurança

    Em agosto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, visitou Bannon em Nova York. Desde então, muito se especulava sobre a possibilidade do ex-assessor de Trump participar da campanha de Bolsonaro. Até essa semana, contudo, o americano não havia citado o nome do candidato do PSL publicamente.

    Sobre o encontro, Bannon afirmou à BBC que conversou com Eduardo sobre a corrida eleitoral e que aconselhou o deputado a buscar mais segurança para seu pai.

    “Eles me mostraram vídeos dele chegando em aeroportos e milhares de pessoas correndo na sua direção. Minha preocupação número um foi que ele fosse assassinado”, disse à versão brasileira da emissora britânica. “Eu nem perguntei ao filho, apenas disse diretamente: ‘Vocês precisam de segurança'” .

    “Eu não sei se continuaria fazendo isso, deixar milhares de pessoas o colocarem nos ombros como em uma partida de futebol. Ele (Bolsonaro) está concorrendo como um candidato da lei e da ordem. Há muitas gangues e maus elementos lá que, tenho certeza, não estão felizes em ver um candidato assim”, completou, afirmando que não se surpreendeu quando ouviu as notícias sobre o esfaqueamento de Bolsonaro em um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais.

    Quando perguntado sobre as semelhanças entre o deputado brasileiro e o presidente americano Donald Trump, Bannon afirmou que acha os dois “muito parecidos”. “Caras como Trump, (Matteo) Salvini (Ministro do Interior e vice-premiê) e capitão Bolsonaro falam abertamente coisas que chocam as pessoas, chocam o sistema, mas se você olhar para as políticas deles verá que estão tentando unir o país”.

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