O ex-presidente da Bolívia Evo Morales viajou na sexta-feira, 6, a Cuba para tratamento de saúde e pretende depois pedir asilo político à Argentina, informou o jornal espanhol El País. A notícia de sua partida do México, onde ele havia se refugiado depois de removido do poder, foi confirmada pela Secretaria de Relações Exteriores do país.
Em Cuba vivem os filhos de Morales, Evaliz e Álvaro. Mas sua instalação na Argentina se deverá à maior proximidade de seu país, onde ele pretende concorrer às próximas eleições presidenciais pelo Movimento ao Socialismo, seu partido. Morales espera boa receptividade do governo dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que se inicia na terça-feira, 10.
Não foi divulgado o período de sua permanência em Cuba. Segundo o El País, Morales queria estar presente na posse de Fernández, mas foi aconselhado pelo presidente eleito a embarcar para a Argentina somente depois do início do novo governo, quando haverá garantias de segurança e de concessão de asilo a ele.
Presidente da Bolívia desde 2006, o indígena aimará Evo Morales renunciou em 12 de novembro diante das pressões populares contra supostas fraudes nas eleições que lhe haviam dado a vitória, de 20 de outubro. A lisura do pleito fora questionada também pela Organizacão dos Estados Americanos (OEA).