Europa tem previsão de recorde histórico de calor com até 48 graus
Altas temperaturas têm provocado incêndios florestais e mortes, além de prejudicar as colheitas e parar a produção de energia nuclear em alguns países

Meteorologistas preveem temperaturas de até 48 graus no fim desta semana para o oeste da Europa, o que representaria um recorde histórico no continente, informaram hoje (1º/8) veículos da imprensa internacional. Uma intensa onda de calor deve atingir países como Portugal, Espanha, França, Suíça, Itália, Alemanha e Reino Unido.
Autoridades da Espanha, onde o calor deve ser mais intenso, estão se preparando para emergências durante a passagem da onda, que deve continuar até domingo. Das cinquenta províncias do país, 27 estão em “risco extremo” de atingir temperaturas altíssimas a partir de amanhã, segundo a agência meteorológica nacional. Em alguns casos, o calor excessivo pode provocar mortes.
Um mapa divulgado por uma agência meteorológica britânica ilustra a abrangência da onda de calor, mostrando uma mancha vermelha se espalhando pelo oeste europeu e por todo o norte da África.
O fenômeno já foi responsável por dar início a incêndios florestais (na Grécia, ao menos 91 pessoas morreram por causa das chamas na região de Atenas) e por prejudicar colheitas. Agora, peixes de água doce estão começando a morrer sufocados em rios como o Reno e o Elba.
Here comes the extensive heat Europe…. #heatwave #Severeweather #ExtremeWeather #Europe 🌡pic.twitter.com/kkQ4nE13ql
— WEATHER/ METEO WORLD (@StormchaserUKEU) August 1, 2018
Algumas regiões da Alemanha atingiram registraram temperatura de 39 graus no início da semana. Segundo a emissora americana CNN, as praias do país bateram o recorde de lotação nos últimos dias.
A temperatura mais alta já registrada no país é de 40,3 graus, mas o Escritório Meteorológico Alemão acredita que essa marca histórica pode ser superada ainda nesta semana.
“Estou esperando uma tragédia já na próxima semana”, disse Philipp Sicher, da Associação Suíça de Pesca, à agência de notícias alemã DPA. Em Hamburgo, as autoridades coletaram quase cinco toneladas de peixes mortos só neste fim de semana. Os bombeiros começaram a bombear água fresca para algumas lagoas na tentativa de aumentar os níveis de oxigênio.
Muitas das usinas de energia nuclear alemãs também tiveram de parar suas atividades, pois as águas dos rios estão tão quentes que não é possível resfriar as máquinas usadas no processo de produção.
Cientistas dizem que o calor recorde observado na Europa, América do Norte e partes da Ásia neste ano é uma consequência do aquecimento global e aponta para a influência das mudanças climáticas provocadas pelo homem, podendo se tornar mais comum e intenso no futuro.