EUA vão exigir histórico de redes sociais de viajantes isentos de visto
Cidadãos de 42 países precisarão informar atividades online dos últimos cinco anos
O governo dos Estados Unidos anunciou uma proposta que pode transformar a entrada de turistas e viajantes de negócios de países com isenção de visto. Se aprovada, a medida exigirá que cidadãos de 42 países, incluindo Reino Unido, França, Alemanha, Austrália e Japão, forneçam um histórico detalhado de suas atividades nas redes sociais dos últimos cinco anos, mesmo que não precisem de visto para estadias curtas.
A mudança foi detalhada nesta quarta-feira (10) pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), que informou que as informações online serão incluídas como elemento obrigatório no processo de solicitação de viagem. Atualmente, viajantes desses países podem permanecer nos EUA por até 90 dias após passar por uma triagem prévia.
Além das redes sociais, a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) sinalizou possíveis alterações na plataforma de solicitação de isenção de visto, incluindo a exigência de selfies recentes e fotos do passaporte.
O site tradicional de aplicação também pode ser desativado, restando apenas um aplicativo móvel como canal oficial. A proposta está sujeita a um período de consulta pública de 60 dias.
Desde o início do mandato de Donald Trump, o governo americano adotou uma série de medidas que restringiram a entrada de estrangeiros e geraram forte polêmica internacional.
Entre as mais conhecidas estão as chamadas “proibições de viagem” a cidadãos de países majoritariamente muçulmanos, limites mais rígidos para concessão de vistos de estudante e trabalho, endurecimento das regras de asilo e a separação de famílias na fronteira com o México.
Essas políticas aumentaram a incerteza para turistas, estudantes, trabalhadores qualificados e imigrantes, além de motivar protestos e questionamentos judiciais.
Atualmente, todos os solicitantes de vistos, imigrantes ou não imigrantes, já precisam informar os nomes de usuário das redes sociais utilizados nos últimos cinco anos.
A novidade é que, desde este ano, estudantes internacionais, profissionais qualificados e participantes de intercâmbios culturais devem tornar suas contas públicas, uma medida voltada a identificar possíveis ameaças à segurança nacional.
Especialistas apontam que a ampliação do controle sobre o histórico digital de visitantes reforça a abordagem de Trump de priorizar a segurança e a verificação minuciosa, mas também levanta preocupações sobre privacidade e impacto sobre a imagem dos EUA como destino turístico e acadêmico.
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