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EUA vão às urnas em eleição que pode complicar a vida de Biden

Disputas cruciais vão determinar qual partido controla a Câmara e o Senado – republicano ou democrata – pelo resto de sua presidência

Por Da Redação
Atualizado em 8 nov 2022, 09h15 - Publicado em 8 nov 2022, 09h08
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  • As urnas foram abertas nos Estados Unidos, nesta terça-feira, 8, para as eleições de meio de mandato de 2022, assim chamadas porque caem na metade do governo de um presidente – neste caso, de Joe Biden – e, portanto, são frequentemente vistas como um referendo sobre o titular.

    Muitos eleitores já votaram, com mais de 41 milhões cédulas antecipadas. Segundo pesquisa de opinião da Atlas Polling, apenas 36% dos eleitores aprovam a presidência de Biden, enquanto 53% desaprovam.

    Em jogo, estão todos os 435 assentos na Câmara dos Deputados, 35 dos 100 assentos no Senado, 36 governos estaduais, além de inúmeras outras disputas para autoridades locais e prefeitos.

    Em 36 estados, outras questões estão em votação, incluindo leis sobre aborto na Califórnia, Kentucky, Michigan, Montana e Vermont.

    A pesquisa da Atlas Polling descobriu que, entre os eleitores adultos, 47,6% vão votar em candidatos do Partido Republicano, contra 44,1% que escolherão o Partido Democrata. Embora os republicanos estejam na frente, como é esperado, a corrida parece mais apertada do que de costume.

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    Os republicanos precisam ganhar cinco vagas para conquistar a maioria na Câmara e apenas uma para tomar o Senado. Normalmente, o partido de um presidente em exercício espera perder assentos na Câmara nas eleições de meio de mandato, mas os riscos parecem maiores para os democratas desta vez. Muitos republicanos que reproduzem a mentira de que Donald Trump venceu as eleições presidenciais de 2020 estão concorrendo a cargos, o que pinta um futuro dividido para o Congresso americano.

    Há uma série de corridas que todos estão de olho, e talvez a mais importante seja a Geórgia. Em 2021, a vitória de Raphael Warnock foi fundamental para os democratas garantirem o controle do Senado. Agora, Warnock enfrenta Herschel Walker, um ex-jogador de futebol sem experiência política. Walker está envolvido em controvérsias há um ano, quando histórias de seus casos, filhos fora do casamento e alegações de violência doméstica vieram à tona. Mais recentemente, uma ex-namorada afirmou que ele pagou para ela fazer um aborto, apesar de Walker fazer campanha antiaborto.

    Na Geórgia, a democrata Stacey Abrams também tentará novamente tirar o governo de Brian Kemp. Uma vitória de Abrams garantiria que os direitos eleitorais e o acesso ao aborto fossem reforçados no estado.

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    Outra corrida a ser observada é a de Ohio, com histórico de escolher republicanos. O autor do livro que virou o filme “Era uma vez um sonho”, da Netflix, e ex-crítico de Trump, JD Vance é o candidato favorito. Porém, se os democratas vencerem em um estado que tem tendência republicana, não só Vance, mas Donald Trump, podem levar a culpa pelo fracasso.

    A Pensilvânia, lar de Joe Biden, é outro estado crucial. O médico da TV Dr. Oz garantiu um endosso de Trump, assim como Doug Mastiano, que está concorrendo ao governo do mesmo estado. Mastriano fez parte da tentativa de reverter os resultados eleitorais de 2020 e apareceu do lado de fora do Capitólio dos Estados Unidos durante a invasão em 6 de janeiro. Ele pode ser uma parte fundamental de uma corrida presidencial de Trump em 2024.

    Segundo pesquisa Atlas Polling, 48,2% dos eleitores americanos não acredita que Biden só foi vitorioso por conta de fraude eleitoral. Por outro lado, pelo menos 36,2% admitem que acreditam em fraude nas eleições de 2020. Outros 15,6% não sabem dizer.

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    Os republicanos se concentraram no problema da inflação, especificamente nos preços da gasolina e na crise do custo de vida. Eles também fizeram campanha apoiando-se no aumento de crimes e outros tópicos de guerra cultural, como imigração.

    Por outro lado, os democratas têm se concentrado nos direitos reprodutivos, após a Suprema Corte derrubar o direito ao aborto, bem como nas ameaças à democracia, aos direitos de voto e à crise climática. Resta saber se o bolso vai falar mais alto.

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