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EUA tem caos em aeroportos e mais de 800 voos cancelados após ordem do governo Trump

Operações foram reduzidas em 4%, taxa que deve subir para 10%, devido a paralização de agências federais por impasse com orçamento no Congresso

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 nov 2025, 09h45 - Publicado em 7 nov 2025, 09h35

Os Estados Unidos amanheceram nesta sexta-feira, 7, com cenas caóticas, após Donald Trump ordenar uma redução nas operações em 40 dos aeroportos mais movimentados do país devido ao shutdown“, paralização do governo federal decorrente de um impasse no Congresso para aprovar o orçamento do próximo ano fiscal. De acordo com o site de rastreamento FlightAware, mais de 800 voos programados para esta sexta foram cancelados.

A plataforma informou que a companhia SkyWest suspendeu mais de 170 voos, a Southwest Airlines, cerca de 120, e a United Airlines, 64. Ainda na quinta 6, quando o anúncio do governo foi feito, 200 voos deixaram de decolar.

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) determinou que o tráfego aéreo será reduzido, inicialmente, em 4%, antes de subir para 6% na próxima terça-feira, 11, 8% na quinta-feira, 13, e 10% na sexta-feira da semana que vem, dia 14 de novembro. Até 4 mil voos por dia podem ser afetados.

Escassez de funcionários

O governo federal justificou que a medida era necessária porque os controladores de tráfego aéreo “estão trabalhando sem receber salário e os alertas de falta de funcionários nas instalações de controle de tráfego aéreo em todo o país têm aumentado”. Muitos estão faltando ao trabalho alegando doença ou aceitando trabalhos extras enquanto trabalham sem receber durante o shutdown. Companhias aéreas podem ser multadas em até US$ 75.000 (mais de R$ 400 mil) por cada voo operado acima do limite de capacidade estabelecido pelo Departamento de Transportes e pela FAA.

Nos Estados Unidos, há 14 mil controladores de tráfego aéreo alocados em 527 torres de controle de aeroportos – muitos dos quais não recebem um centavo de seus salários há semanas devido à paralização. Juntos, eles gerenciam mais de 16 milhões de voos por ano, ou cerca de 44 mil por dia. Em horários de pico, podem ser responsáveis ​​por direcionar com segurança mais de 5 mil voos simultaneamente.

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Em entrevista à emissora americana CBS News, Nick Daniels, presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, afirmou que quanto mais tempo durar a paralisação do governo, maior será o risco. Segundo ele, o controle de tráfego aéreo é um trabalho que exige 100% de foco, mas seus colegas estão “preocupados em abastecer o carro, em comprar comida e, em alguns casos, nem conseguem pagar a creche” para os filhos.

Daniels disse ainda que, “durante 37 dias, (controladores de tráfego) não receberam nada pelo trabalho que realizaram, e muitas vezes isso significa 60 horas semanais”. O presidente da associação acrescentou que o impasse no Congresso está gerando “raiva” entre os trabalhadores do setor e prejudicando seu bem-estar.

Medidas das companhias aéreas

Diversas das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos garantiram que clientes poderão obter reembolso integral pelos voos cancelados. Em um comunicado aos funcionários, o CEO da United Airlines, Scott Kirby, afirmou que qualquer um pode receber seu dinheiro de volta, incluindo clientes com passagens não reembolsáveis ​​e passagens da classe econômica básica. A companhia aérea também informou que isentará qualquer diferença de tarifa em um voo remarcado.

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A Delta Airlines e a Southwest Airlines implementaram uma política semelhante, enquanto a American Airlines permitirá que os clientes alterem voos ou solicitem reembolso, sem penalidades, independentemente de cancelamentos. Já a Frontier Airlines permitirá a alteração ou cancelamento sem custos extras, mas cobrará diferença de tarifa em um voo remarcado. O CEO da empresa, Barry Biffle, sugeriu a compra de uma “passagem reserva” caso clientes tenham eventos “imperdíveis”, como casamentos ou funerais.

Shutdown

O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação em 1º de outubro. Em seu 38º dia, é a mais longa da história americana.

Isso significa que cerca de 1,4 milhão de funcionários federais estão em licença não remunerada ou trabalhando sem receber até que o governo retome suas atividades. Aqueles que desempenham funções “essenciais”, como controladores de tráfego aéreo e policiais, continuam na ativa, mas só voltarão a ganhar salário após o fim da paralisação.

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Esta é a 15ª vez que o país entra em “shutdown” desde 1981 — o presidente Trump enfrentou três em seu primeiro mandato. Paralisações por disputas orçamentárias são um aspecto único da política americana. Lá, os diferentes poderes do governo precisam chegar a um acordo sobre os planos de gastos antes que eles se tornem lei. Na maioria dos países, as votações são uma espécie de voto de confiança no próprio governo. Mas, como os Estados Unidos têm poderes com pesos iguais e, frequentemente, divididos, esse não é o caso.

A disputa da vez é a seguinte: os democratas se recusaram a apoiar a legislação do Partido Republicano para estender o financiamento do governo a menos que o texto inclua também diversas disposições sobre saúde. Entre elas, estão a extensão dos subsídios que reduzem o custo do seguro saúde sob o Affordable Care Act, prestes a expirar, e uma reversão dos cortes no Medicaid feitos pelo governo atual.

No último incidente do tipo, ocorrido no primeiro mandato de Trump, em 2018, as atividades ficaram suspensas por 35 dias e voltaram, em parte, devido à pressão de controladores de tráfego aéreo. Agora, o republicano ameaça cortes “irreversíveis” de programas de assistência médica e benefícios sociais.

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