EUA reabrem divisa com México, mas a reforça contra ‘invasão’ de migrantes
Fronteira entre San Diego e Tijuana ficou fechada no final de semana; militares instalaram cercas de arame farpado em Laredo
Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h03 - Publicado em 19 nov 2018, 20h19
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1/73 Migrante ergue bebê em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 28/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
2/73 Glenia Luz Lopez, 29,Anos, é vista com seus filhos em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos - 24/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
3/73 Jessica Perez, 18 anos, segura bebê em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 28/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
4/73 Família de migrantes se dispersam de confronto com policiais, na tentativa de atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
5/73 Migrantes entram em confronto com policiais após tentarem atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
6/73 Migrantes entram em confronto com policiais após tentarem atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
7/73 Rosa Villa, de 30 anos, carrega seu filho de cinco meses de idade na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
8/73 Migrantes tentam atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos - 25/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
9/73 Helicóptero americano sobrevoa a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Jorge Duenes/Reuters)
10/73 Imigrante grávida, parte da caravana de El Salvador que tenta entrar nos Estados Unidos desmaia durante uma operação da polícia mexicana para detê-los por entrar ilegalmente no país, em Metapa - 21/11/2018 (Alkis Konstantinidis/Reuters)
11/73 Imigrantes da caravana da América Central que tenta chegar aos Estados Unidos, descansam no porto de El Chaparral fronteira entre México e Estados Unidos, em Tijuana - 23/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
12/73 Migrantes da América Central acampam próximos da fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
13/73 Criança é vista atrás de escudo de policial mexicano, próxima da fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
14/73 Migrantes negociam com policiais para atravessarem fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
15/73 Menina hondurenha, parte da caravana de milhares de pessoas que viajam a caminho dos Estados Unidos, sorri enquanto carrega roupas doadas em um abrigo da cidade mexicana de Tijuana - 21/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
16/73 Imigrante de El Salvador, parte da caravana que tenta chegar aos Estados Unidos é detido por entrar ilegalmente no país durante uma operação da polícia mexicana, em Metapa - 21/11/2018 (Alkis Konstantinidis/Reuters)
17/73 Imigrantes da caravana de milhares de pessoas da América Central que tentam chegar aos Estados Unidos, viajam sobre um caminhão enquanto se dirigem a Tijuana de Mexicali, no México - 20/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
18/73 Imigrantes da América Central, principalmente hondurenhos, que se deslocam em uma caravana em direção aos Estados Unidos na esperança de uma vida melhor, seguem para Tijuana no estado de Baja California, México - 19/11/2018 (Pedro Pardo/AFP)
19/73 Migrante tenta atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 18/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
20/73 Imigrante, parte da caravana que viajam da América Central a caminho dos Estados Unidos, senta-se no andar de um ônibus a caminho de Mexicali, em Navojoa, México - 17/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
21/73 Caravana de migrantes da América Central caminha rumo aos Estados Unidos, na cidade de Mexicali - 18/11/2018 (Pedro Pardo/AFP)
22/73 Migrantes salvadorenhos caminham rumo aos Estados Unidos, na quarta caravana da América Central que partiu em direção à fronteira americana - 18/11/2018 (Marvin Recinos/AFP)
23/73 Angel, um menino de 13 anos de idade, migrante de Honduras, é visto na fronteira entre os Estados Unidos e o México, na cidade de Tijuana - 15/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
24/73 Criança é vista na janela de ônibus, juntamente com caravana de migrantes da América Central, com destino a cidade de Guadalajara, no México - 13/11/2018 (Go Nakamura/Reuters)
25/73 Membros de patrulha americana são vistos na fronteira entre os Estados Unidos e o México, na cidade de Tijuana - 15/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
26/73 Parte da caravana de imigrantes da América Central chega na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 13/11/2018 (Jorge Duenes/Reuters)
27/73 Helicópteros americanos realizam patrulha após os primeiros imigrantes chegarem na fronteira entre o México e os Estados Unidos - 13/11/2018 (Jorge Duenes/AFP)
28/73 Cristian Israel, parte de uma caravana que viaja da América Central em rota para os Estados Unidos, espera para pegar carona depois de descansar em um acampamento improvisado em Matias Romero Avendano, México - 10/11/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
29/73 Jonathan Rodriguez, um menino imigrante de sete anos de idade, parte de uma caravana que viaja da América Central a caminho dos Estados Unidos, espera pegar carona depois de descansar em um acampamento improvisado em Matias Romero, México - 09/11/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
30/73 Caravana de imigrantes da América Central caminham nas ruas da cidade mexicana de Pijijiapan, rumo aos Estados Unidos - 04/11/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
31/73 Soldados americanos reforçam segurança da fronteira entre o México e Estados Unidos, no território de Donna, Texas - 04/11/2018 (John Moore/Getty Images/AFP)
32/73 Imigrantes da América Central pegam carona em caminhão rumo à cidade de Puebla, no México - 03/11/2018 (Guillermo Arias/AFP)
33/73 Imigrantes de El Salvador atravessam o Rio Suchiate, na fronteira de México e Guatemala, durante a caravana que tem como destino os Estados Unidos - 02/11/2018 (Carlos Alonzo/AFP)
34/73 Imigrantes hondurenhos pegam carona em caminhões na cidade de San Pedro Tapanatepec, sul do México, rumo aos Estados Unidos - 27/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
35/73 Novo grupo de imigrantes realizam caravana em San Salvador, cidade localizada em El Salvador, rumo aos Estados Unidos - 31/10/2018 (Marvin Recinos/AFP)
36/73 Imigrantes da América Central carregam seu celulares na cidade mexicana de Juchitán de Zaragoza, durante caravana rumo aos Estados Unidos - 30/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
37/73 Pai carrega filho durante passagem pelo rio Suchiate, localizado na cidade mexicana de Ciudad Hidalgo, durante caravana de imigrantes da América Central, rumo aos Estados Unidos - 29/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
38/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos atravessam o rio Suchiate, localizado em Ciudad Hidalgo, no México, rumo aos Estados Unidos - 29/10/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
39/73 Vista aérea mostra caravana de imigrantes hondurenhos na cidade de San Pedro Tapanatepec, sul do México, rumo aos Estados Unidos - 27/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
40/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos forçam portão na fronteira entre a Guatemala e o México - 28/10/2018 (Santiago Billy/AFP)
41/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos atravessam o rio Suchiate, na fronteira entre a Guatemala e o México - 29/10/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
42/73 Imigrantes são vistos entre os eixos de um caminhão na estrada para Mapastepec de Huixtla, México, enquanto seguem para os Estados Unidos - 24/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
43/73 Imigrantes hondurenhos descansam na praça principal de Pijijiapan, estado de Chiapas, no México, durante a caravana de imigração para os EUA - 25/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
44/73 Imigrante hondurenha é puxada para conseguir subir em um caminhão que toma rumo aos Estados Unidos, em direção à fronteira mexicana, em Chiquimula, na Guatemala - 24/10/2018 (Luis Echeverria/Reuters)
45/73 Migrante de Honduras se prepara para pular no rio Suchiate na fronteira da Guatemala com o México - 20/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
46/73 Migrantes hondurenhos andam por floresta após atravessar o rio Lempa deixando Honduras com destino aos Estados Unidos - 17/10/2018 (Jorge Cabrera/Reuters)
47/73 Migrantes hondurenhos tentam chegar a fronteira da Guatemala com o México - 19/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
48/73 Migrantes hondurenhos seguem em caravana com destino ao Estados Unidos pela cidade de Quezaltepeque, Guatemala - 16/10/2018 (John Moore/Getty Images)
49/73 Menina hondurenha e sua família seguem de carro com a caravana que tem como destino os Estados Unidos - 17/10/2018 (Orlando Sierra/AFP)
50/73 Imigrantes de marcham para os Estados Unidos improvisam um abrigo com plástico em uma praça na cidade mexicana de Tapachula - 22/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
51/73 Imigrante é visto na fronteira entre Guatemala e México enquanto aguarda para atravessar para o solo mexicano - 23/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
52/73 Imigrantes hondurenhos aguardam para atravessar a fronteira entre Ciudad Tecun Uman, na Guatemala, e Ciudad Hidalgo, no México - 21/10/2018 (Orlando Sierra/AFP)
53/73 Migrantes hondurenhos atravessam a fronteira da Guatemala com o México, na altura da cidade de Tapachula - 22/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
54/73 Imigrantes hondurenhos embarcam em caminhão rumo à Tapachula, no México - 22/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
55/73 Garota dorme próxima de pão que foi doado para imigrantes hondurenhos, nos arredores da cidade mexicana de Tapachula - 22/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
56/73 Imigrantes caminham por uma rodovia perto da fronteira com a Guatemala enquanto seguem seu caminho para tentar entrar nos Estados Unidos, em Tapachula, no México - 21/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
57/73 Imigrante que aguarda para seguir viagem até os Estados Unidos é fotografado junto com um arco-iris em Ciudad Hidalgo, no México - 21/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
58/73 Crianças hondurenhas brincam em uma fonte na cidade de Tapachula, no México, durante uma pausa da caravana que se dirige para os Estados Unidos - 21/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
59/73 Imigrante hondurenho protege seu filho depois que outros imigrantes, parte de uma caravana que tentava chegar aos Estados Unidos, invadiram um posto fronteiriço em Ciudad Hidalgo, México - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
60/73 Imigrantes hondurenhos que tentam chegar nos Estados Unidos, se aglomeram em um posto de controle enquanto esperam pedir asilo no México em um posto de controle em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
61/73 Imigrantes hondurenhos que tentam chegar nos Estados Unidos, se aglomeram em um posto de controle enquanto esperam pedir asilo no México em um posto de controle em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
62/73 Imigrantes hondurenhos participam de uma caravana em direção aos Estados Unidos, na estrada que liga Ciudad Hidalgo e Tapachula, estado de Chiapas, México - 21/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
63/73 Imigrantes hondurenhos, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, esperam a abertura do portão da ponte que liga o México e a Guatemala em Ciudad Hidalgo, México - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
64/73 Menino hondurenho, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, é fotografado na ponte que liga México e Guatemala em Tecun Uman - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
65/73 Policiais tentam conter um enorme grupo de imigrantes hondurenhos que tentavam atravessar a fronteira da Guatemala para entrar no México, em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
66/73 Imigrante hondurenho segura uma criança ao descer de uma ponte que liga México e Guatemala para evitar o posto fronteiriço em Ciudad Hidalgo, no México - 20/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
67/73 Imigrante hondurenho, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, olha através do portão da ponte que liga México e Guatemala em Tecun Uman - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
68/73 Imigrantes hondurenhos que se dirigem em caravana para os Estados Unidos realizam manifestação exigindo que as autoridades permitam que o resto do grupo atravesse em Ciudad Hidalgo, estado de Chiapas, no México, após a travessia da Guatemala - 20/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
69/73 Jjovem, integrante de um grupo de migrantes hondurenhos que segue em caravana para os Estados Unidos, fica na "Igreja das Três Caidas", em Tecun Uman, na fronteira com o México - 18/10/2018 (Johan Ordonez/AFP)
70/73 Imigrantes hondurenhos, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, caminham em uma ponte durante sua viagem na Cidade da Guatemala, Guatemala - 18/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
71/73 Migrante hondurenho é visto com bandeira, próximo da fronteira entre a Guatemala e o México, no território de Ciudad Tecun Uman - 19/10/2018 (Johan Ordonez/AFP)
72/73 Imigrantes hondurenhos entram em confronto com policiais, forçando a entrada na fronteira de Honduras com a Guatemala, no território de Ocotepeque - 19/10/2018 (Jorge Cabrera/Reuters)
73/73 Imigrantes de Honduras em posto de controle entre Guatemala e México - 19/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
A fronteira de San Ysidro, que liga a cidade americana de San Diego à mexicana Tijuana foi reaberta nesta segunda-feira (19), depois de várias horas fechada com “materiais de reforço”. O fechamento das passagem surpreendeu as milhares de pessoas que transitam pelos dois países diariamente e teve o objetivo de prevenir uma tentativa de ingresso ilegal de imigrantes das caravanas vindas da América Central.
Cerca de 3.000 imigrantes já se concentram em Tijuana. Milhares estão a caminho, vindos de El Salvador, Guatemala e Honduras. Uma quarta caravana, de ônibus, deixou San Salvador no domingo. Os centro-americanos fogem da violência das organizações criminosas (maras), da falta de oportunidades e dos acidentes naturais comuns na região. Pretendem se estabelecer como refugiados nos Estados Unidos.
A passagem de veículos e de pedestres foi interrompida temporariamente, mas sem aviso prévio. A situação foi normalizada apenas nesta manhã, segundo o Escritório de Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP) americano. A entrada para o México não foi afetada.
As autoridades americanas explicaram que fecharam a passagem depois de terem conhecimento que “grupos de pessoas das caravanas estavam se reunindo em Tijuana para uma possível tentativa de entrar ilegalmente”.
Durante esse período, foram instalados diversos “obstáculos” com o objetivo de restringir o “acesso de um grande grupo” de migrantes em San Ysidro. Dezenas de agentes de segurança protegiam a passagem do México para a Califórnia, enquanto notificavam os motoristas que esperavam em fila sobre a decisão tomada.
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Todos os dias, a fronteira internacional de San Ysidro registra a passagem de uma média de 50.000 veículos e 25.000 pedestres. Durante o repentino fechamento, a entrada em San Diego foi limitada ao porto internacional de Otay Mesa e a uma passagem somente para pedestres, que registrou demora mais longa que a habitual.
Laredo
Durante o final de semana, cerca de 100 soldados do 19° Batalhão de Engenheiros do Exército americano, vindos de Fort Knox, no Kentucky, desenrolaram carreteis de arame farpado em Laredo, cidade na fronteira com o México, às margens do Rio Grande.
Como medida para prevenir o ingresso dos imigrantes centro-americanos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou 5.800 soldados à fronteira com o México e promete reforçar esse contingente. Trump alega que o avanço da caravana de migrantes implica em “emergência nacional” e classifica esse movimento como uma tentativa de “invasão” a seu país.
Até agora, o aspecto mais visível da resposta de Trump é a cerca de arame — um obstáculo físico destinado a levar os centro-americanos a buscar outros pontos de entrada.
Durante o final de semana, o pelotão do tenente Alan Koepnick estendeu a cerca de arame ao longo das margens de um parque tranquilo junto ao rio, perto do centro de Laredo. Enquanto as famílias andavam com cães, faziam churrasco e relaxavam, os soldados montavam o arame, não sem rasgar os uniformes de camuflagem com as farpas de metal.
Koepnick reconheceu que alguns moradores de Laredo demonstraram preocupação com as cercas e a presença das tropas. “Mas também há muito apoio: pessoas que vêm, veteranos que apertam as mãos, nos trazem bolos, água, coisas assim”, disse Koepnick.
A cerca de 100 metros atrás dele, um grupo de pessoas se concentrava na margem mexicana do rio Grande. “Você verá pessoas do outro lado do rio nos xingando em espanhol e jogando garrafas em nós. Mas deste lado é mais positivo”, disse Koepnick.
O tenente e seus homens estavam desarmados, embora um grupo de policiais militares armados permanecesse ao lado para protegê-los. Como as leis dos Estados Unidos não autorizam os militares a exercer funções policiais, os soldados não deverão ter ação direta com os imigrantes.
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Trump, que pretende construir um muro ao longo dos 3.200 quilômetros de fronteira com o México, elogiou o trabalho militar na semana passada. “Eles construíram grandes cercas e construíram uma barreira muito poderosa”.
Laura Pole, uma turista britânica que visita Laredo pela terceira vez, ficou menos entusiasmada. “Isso me lembra Hitler e os campos de concentração”, disse ela.
A missão militar na fronteira colocou o Exército americano sob um holofote desconfortável. Na semana passada, o secretário da Defesa, Jim Mattis, visitou essas tropas e destacou que os soldados não estão ali para fazer “manobras militares”, mas para ajudar os agentes da Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês).
Apesar do arame farpado desenrolado em Laredo, as caravanas não tendem a seguir para essa passagem, mas para Tijuana, a pouco mais de 2.000 quilômetros dali. Para um agente alfandegário americano, a assistência militar ajuda em um região onde, todos os dias, “centenas” de imigrantes tentam atravessar fronteira.
A ação militar está programada para terminar em 15 de dezembro. “Ninguém parece saber quando será desmontada (a cerca). Realmente, não é decisão nossa”, explicou Koepnick.
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