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Guardas penitenciários são presos por negligência no caso Epstein

Os funcionários alteraram registros de vistoria na cela do magnata que se suicidou após ser acusado de pedofilia

Por Da Redação
Atualizado em 19 nov 2019, 16h36 - Publicado em 19 nov 2019, 15h55

Dois funcionários penitenciários, que eram responsáveis por vigiar o magnata Jeffrey Epstein em sua cela na noite em que se suicidou, foram presos nesta terça-feira, 19, acusados de falsificar os registros de vigilância da prisão.

Os funcionários Toval Noel e Michael Thomas foram acusados de negligenciar seus trabalhos ao não vistoriar a cela de Epstein por aproximadamente oito horas. Nesse meio tempo, os guardas falsificaram os registros da prisão para dar a entender que eles estavam fazendo vistorias a cada 30 minutos, como é determinado por lei.

Epstein foi transferido para o Centro de Correção Metropolitano de Nova York, após uma tentativa de suicídio em outra prisão. Segundo a lei americana, em casos como esse, funcionários devem averiguar a cela do detento a cada 30 minutos para evitar tentativas de suicídio.

“Os réus tinham o dever de garantir a segurança dos presos federais sob seus cuidados no Centro de Correção Metropolitano. Em vez disso, eles falharam em realizar verificações obrigatórias dos presos e mentiram em formulários oficiais para ocultar sua negligência”, segundo o procurador federal Geoffrey Berman.

A descoberta do corpo de Epstein ocorreu próximo das 7h da manhã do dia 10 de agosto deste ano, segundo as autoridades, o magnata se enforcou com lençóis em sua cela. Noel e Thomas, os dois funcionários que deveriam vigiá-lo, dormiram dormiram por aproximadamente três horas.

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Embora uma autópsia tenha definido a causa da morte como suicídio, muitos insinuaram que ele havia sido assassinado para proteger as personalidades com quem ele se relacionava, como o filho da rainha Elizabeth II, príncipe Andrew, o ex-presidente americano Bill Clinton e o atual ocupante da Casa Branca, Donald Trump.

Abuso sexual e tráfico de menores

Epstein começou a ser investigado em 2005 por pedofilia, em um caso que depois se expandiu para acusações de uso de prostitutas menores de idade e tráfico sexual de menores.

Acredita-se que o magnata tenha recrutado dezenas de meninas, algumas delas com menos de 15 anos de idade, e as levado para suas propriedades para sessões de massagens, durante as quais abusava das menores.

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Em 2008, fechou um acordo de leniência com a Procuradoria da Flórida e foi condenado a apenas treze meses de prisão após se declarar culpado de abusar de prostitutas menores de idade. Mas o caso foi reaberto, e o magnata acabou preso novamente em julho deste ano sob acusações federais de tráfico sexual de menores na Flórida e em Nova York.

A repercussão do caso Epstein rendeu a renúncia do ex-secretário do Trabalho, Alexander Acosta, no início de julho. Acosta era procurador federal na Flórida e foi o encarregado do acordo de leniência firmado em 2008, que muitos consideraram como vantajoso para o empresário.

Recentemente, novas revelações feitas pelo jornal The New York Times tornaram o cenário ainda mais inusitado. Segundo a publicação, Epstein tinha um plano de engravidar vinte mulheres e criar uma “nova raça humana pós-extinção” com seu DNA em uma fazenda no Novo México.

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