O epidemiologista Anthony Fauci, uma das principais autoridades dos Estados Unidos na luta contra a Covid-19, admitiu neste domingo 25 que o país pode voltar a recomendar que vacinados contra a doença utilizem máscara, diante do aumento no número de casos de infecção.
“Isso está sendo ativamente considerado”, admitiu o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, em entrevista à emissora de televisão americana CNN, se referindo, principalmente, aos ambientes fechados.
Uma possível mudança nas diretrizes do governo dos EUA não implicaria em alteração em todo o território, já que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país (CDC) apenas emite recomendações, com cada estado e localidade tendo autonomia para decidir a forma de agir.
Em meados de maio, com o avanço da vacinação no país, o órgão mudou as orientações e recomendou que quem estivesse totalmente imunizado já poderia ficar sem máscara na maior parte do tempo, inclusive em ambientes fechados. No fim de junho, diante da propagação da variante delta, a Organização Mundial da Saúde (OMS), sugeriu que mesmo os vacinados deveriam seguir utilizando o item de proteção, diante da alta no contágio. Os EUA, no entanto, não alteraram a política no país.
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As declarações dadas por Fauci neste domingo acontecem três dias depois do CDC informar que não tinha feito qualquer mudança na política sobre o uso de máscaras, inclusive, por vacinados.
A variante delta já representa, pelo menos, 83% dos casos de Covid-19 no território americano. No país, houve uma alta de 47% na quantidade de positivos, enquanto as internações hospitalares subiram 32%.
Apenas 57% da população com mais de 12 anos de idade já tomaram todas as doses necessárias para a total imunização contra o novo coronavírus, segundo o divulgou o próprio CDC. “Estamos avançando na direção errada”, lamentou Fauci, sobre o ritmo da vacinação.
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O especialista classificou como “um problema”, que metade da população não esteja imunizada e lembrou que o governo está “praticamente suplicando” que as pessoas procurem um ponto de vacinação.
(Com EFE)