Os Estados Unidos solicitaram uma reunião pública do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar da crise política da Venezuela no sábado, 26. Diplomatas americanos esperam que o próprio secretário de Estado, Mike Pompeo, esteja à frente da delegação de seu país.
Nesta quinta-feira, 24, Pompeo defendeu na Organização dos Estados Americanos (OEA) o reconhecimento de todos os países desse fórum interamericano ao líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente interino do país, em substituição a Nicolás Maduro. No dia anterior, Washington tomara a mesma atitude, seguida do Brasil e de outros países do hemisfério.
Os Estados Unidos argumentaram ao Conselho de Segurança que o país sul-americano está mergulhado em uma “situação crescentemente volátil” e de aumento da crise humanitária no país, que “pode levar a mais conflito e instabilidade regional”.
A Rússia, que manteve seu apoio ao regime de Nicolás Maduro, se opôs à realização da reunião. “Eu não creio (que o Conselho se reunirá para tratar da Venezuela). Isso é um assunto interno deles (dos venezuelanos), afirmou o embaixador de Moscou na Organização das Nações Unidas, Vassily Nebenzia.
Qualquer membro do Conselho de Segurança pode pedir uma votação processual para bloquear a reunião. Nessa votação, vence quem tiver nove votos, e nenhum dos membros permanentes pode vetar o tema. Diplomatas americanos avisaram que qualquer tentativa de boicotar a reunião sobre a Venezuela será derrotada.
“Vamos ouvir o que Mike Pompeo tem a dizer sobre se a Venezuela ameaça a paz e a segurança”, afirmou o embaixador da África do sul na ONU, Jerry Matjila. South Africa, país que neste momento é membro não permanente do Conselho.
Além dos cinco membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia -, o Conselho de Segurança é composto, neste ano, pelos não permanentes África do Sul, Alemanha, Indonésia, República Dominicana, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Kuwait, Peru e Polônia.
(Com Reuters)