Os casos confirmados de coronavírus nos Estados Unidos chegaram a 1 milhão nesta terça-feira, 28, de acordo com o monitoramento em tempo real da Universidade Johns Hopkins. O número representa um terço de todas as infecções registradas no mundo.
Estima-se, porém, que o total real de casos seja ainda maior, pois as autoridades de saúde pública vêm alertando para a escassez de profissionais treinados e de equipamentos, o que limita a capacidade de testes. Mais de 57.500 pessoas morreram no país após contraírem a Covid-19. Ao todo, mais de 112.300 se curaram.
Cerca de 30% dos casos foram registrados no estado de Nova York, o epicentro do surto nos Estados Unidos. Ali foram contabilizados mais de 300.330 contágios e 22.866 mortes.
Os Estados Unidos, com a terceira maior população do mundo, têm cinco vezes mais casos que Itália, Espanha e França, países europeus com os maiores registros da doença.
Além do números de casos, cerca de 26 milhões de pessoas já perderam seus empregos, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá contrair em 5,9% em 2020.
Há algumas semanas, mais de 90% da população do país estava sob ordens de quarentena obrigatória, mas alguns estados começaram a flexibilizar as regras de isolamento neste fim de semana, permitindo que alguns americanos retornassem à vida normal. Geórgia, Oklahoma, Alasca e Carolina do Sul já permitiram a reabertura de alguns negócios não essenciais.
A epidemia não ficou somente restrita ao debate de saúde pública nos Estados Unidos. Visando as eleições de novembro, o presidente americano, Donald Trump, politizou a doença. Pelo Twitter, o americano encorajou os protestos pelo país pela a reabertura da economia, mesmo com a possibilidade uma nova onda de infecções ainda pior que a atual, e pediu pela “libertação” de três estados governados por democratas: Michigan, Minnesota e Virgínia.
Trump também busca culpar a China, onde o vírus primeiro surgiu em dezembro, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) por não terem gerido a pandemia corretamente. Em janeiro, o presidente chegou a elogiar o país asiático e a Organização pelo trabalho desempenhado. No entanto, governadores dos estados mais atingidos culpam a Casa Branca pela falta de medicamentos e ações para mitigar a crise.
O Congresso e o Senado, por outro lado, aprovaram um pacote de cerca de 500 bilhões de dólares para empréstimos destinados a pequenas empresas e para a população menos favorecida. O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados também iniciou uma investigação sobre a suspensão do financiamento à OMS.
ASSINE VEJA
Clique e Assine