EUA não descartam alienígenas para explicar objetos voadores abatidos
General da Força Aérea diz que objetos detectados no espaço aéreo dos EUA podem não estar conectados a operações de espionagem de outros países
Após uma série de objetos voadores não identificados serem detectados e abatidos nos Estados Unidos, o general da Força Aérea Glen VanHerck, responsável pela supervisão do espaço aéreo americano, afirmou no domingo 12 que não descarta atividades extraterrestres como explicação. Segundo ele, qualquer outra explicação deve ser responsabilidade dos especialistas de inteligência do país.
Logo depois que um caça F-16 abateu, neste domingo, um objeto de forma octogonal sobre o Lago Huron, na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá, o general comentou sobre a possibilidade de ETs no Pentágono.
“Vou deixar a comunidade de inteligência e a comunidade de contraespionagem descobrir isso. Eu não descartei nenhuma possibilidade ainda”, afirmou o chefe do Comando de Defesa Aeroespacial.
“Neste ponto, continuamos a avaliar cada ameaça ou ameaça potencial, desconhecida, que se aproxima da América do Norte na tentativa de identificá-la”, acrescentou.
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Além do incidente na fronteira, outros dois objetos voadores menores – do tamanho de um Fusca – foram identificados nos estados do Alasca e do Michigan.
Os avistamentos ocorreram depois que um balão chinês, que sobrevoava a costa da Carolina do Norte, foi identificado e abatido no dia 4 de fevereiro. A ocasião colocou as defesas aéreas americanas em alerta máximo, porque, segundo autoridades americanas, o objeto era usado para vigilância.
O Pentágono afirmou que não foi possível encontrar evidências de visitas de alienígenas, mas VanHerck disse que os militares ainda não conseguiram identificar a origem dos três últimos objetos voadores.
Nos últimos anos, o Pentágono estabeleceu novos esforços para investigar avistamentos militares de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), que foram renomeados pelo governo como “Fenômenos Aéreos Não Identificados” (FANIs, ou UAPs, na sigla em inglês).
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A análise de avistamentos militares é responsabilidade do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, em conjunto com um recém-criado departamento do Pentágono, o Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios, conhecido como AARO.
O primeiro relatório produzido e direcionado ao Congresso foi feito em junho de 2021. Nele, foram registrados 144 avistamentos, em sua maioria denunciados por pilotos militares, datados desde 2004.
Um relatório do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional divulgado em janeiro citou 366 avistamentos adicionais, principalmente de balões, drones e pássaros. No entanto, 171 dos objetos encontrados ainda não têm explicação oficial.
No ano passado, os Estados Unidos registraram a presença de 510 OVNIs. O documento do governo destacou que, embora não haja evidências de extraterrestres, os objetos voadores ainda representam uma ameaça.
“Alguns desses UAPs não caracterizados parecem ter demonstrado características de voo incomuns ou capacidades de desempenho e requerem uma análise mais aprofundada”, afirmou o escritório no relatório.
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O subsecretário de Defesa para inteligência e segurança, Ronald Moultrie, explicou para repórteres em dezembro que não havia visto nada nos arquivos que indicasse vida alienígena inteligente.
“Até o momento, não vi nada nessas que sugerisse que houve uma visita alienígena, um acidente alienígena ou algo parecido”, disse Moultrie.