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EUA: metade das bombas que Israel lança em Gaza é ‘sem rumo’

Relatório de inteligência obtido pela CNN mostra que ao menos 11.900 dos 29 mil mísseis que explodiram no enclave palestino são imprecisos

Por Da Redação
Atualizado em 14 dez 2023, 16h00 - Publicado em 14 dez 2023, 15h50

Um relatório de inteligência dos Estados Unidos revelou que quase metade das bombas lançadas por Israel contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando um ataque do grupo terrorista palestino Hamas fez eclodir a guerra no Oriente Médio, não são guiadas, ou seja, não atingem alvos específicos e cortam os ares do enclave sem rumo. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 14, pela emissora americana CNN.

Segundo um levantamento do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, obtido pela emissora, ao menos 11.900 dos 29 mil mísseis lançados contra o território palestino são imprecisos, representando cerca de 40% do total de explosivos.

Devido à imprecisão do ataque ao alvo, esse tipo de equipamento tende a colocar a vida da população civil em risco, pela possibilidade de atingir edifícios que não sejam controlados pelo Hamas. O Tribunal Penal Internacional (TPI) estabelece como crime de guerra a destruição de prédios civis.

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Reação de Tel Aviv

Uma das porta-vozes do exército Israel, Keren Hajioff, afirmou que os militares do país são “comprometidos com o direito internacional e um código de conduta moral” e que dedicam “vastos recursos para minimizar os danos civis que o Hamas forçou a desempenhar o papel de escudos humanos”.

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“As FDI atacam alvos militares da organização terrorista Hamas, com base em informações de alta qualidade e na necessidade operacional, ao mesmo tempo que utilizam munições de alta qualidade que são operadas por pilotos qualificados e sistemas avançados, que avaliam e verificam continuamente se os ataques são dirigidos contra alvos militares”, garantiu.

O tipo de munição utilizada em cada ataque é determinado de acordo com as características do alvo, a necessidade operacional e o esforço para mitigar os danos aos civis, que a organização terrorista utiliza como escudo humano”, acrescentou. 

+ Lula usa primeiro discurso no G20 para pedir cessar-fogo completo em Gaza

Aliança desgastada

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez suas mais duras críticas a Israel, de quem é aliado próximo, nesta terça-feira. Em evento de arrecadação de fundos para a campanha de 2024, o democrata disse que os bombardeios “indiscriminados” contra Faixa de Gaza farão com que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, perca apoio internacional.

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“A segurança de Israel pode repousar nos Estados Unidos, mas neste momento tem mais do que os Estados Unidos. Tem a União Europeia, tem a Europa, tem a maior parte do mundo… Mas [os israelenses] estão a começar a perder esse apoio devido aos bombardeios indiscriminados que ocorrem”, discursou.

“Ele [Netanyahu] tem que mudar este governo. Este governo em Israel está tornando tudo muito difícil”, continuou.

O tom diverge das declarações dadas por Biden em outubro, quando prometeu apoio “sólido e inabalável” a Israel.

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