EUA matam líder do Estado Islâmico que planejou ataques na Europa
Khalid al-Jabouri, nome sênior da organização terrorista, foi morto em um território sírio não revelado, segundo Comando Central dos EUA
O Comando Central dos Estados Unidos disse nesta terça-feira, 4, que um líder sênior do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável por planejar atentados na Europa, foi morto em um ataque americano na Síria.
O ataque, realizado na segunda-feira 3, foi uma operação “unilateral” de Washington, informou o Comando Central pelo Twitter. Al-Jabouri era uma figura sênior do Estado Islâmico, que “foi responsável por planejar ataques do EI na Europa e desenvolveu a estrutura de liderança para o EI”, acrescentou.
Segundo os militares americanos, nenhum civil foi morto ou ferido no ataque.
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O Comando Central argumentou ainda que a morte de Khalid al-Jabouri interromperia temporariamente a capacidade do grupo terrorista de planejar ataques externos. No entanto, não entrou em detalhes sobre nenhum ataque ou ataque frustrado que ele teria planejado.
“[O EI] continua a representar uma ameaça para a região e além”, disse o general americano Michael Kurilla. “Embora degradado, o grupo continua capaz de conduzir operações na região com o desejo de atacar regiões para lá do Oriente Médio.”
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A coalizão multinacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista realizou uma série de ataques no norte da Síria nos últimos meses, visando membros seniores do EI e do Hurras al-Din (o ramo da al-Qaeda na Síria).
O EI já chegou a ocupar 88 mil quilômetros quadrados de território, que se estendia do oeste da Síria ao leste do Iraque, e impôs seu domínio brutal a quase oito milhões de pessoas. Ao longo dos anos, perdeu força e foi expulso de seu último pedaço de terra em 2019.
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As Nações Unidas alertaram no mês passado, contudo, que a ameaça do grupo e seus afiliados ainda é alta e aumenta principalmente em zonas de conflito e países vizinhos.
Estima-se que o EI tenha de 5 mil a 7 mil membros e apoiadores espalhados entre o Iraque e a Síria, cerca de metade dos quais são combatentes. Os combatentes se concentram em áreas rurais e continuam a realizar ataques rápidos, emboscadas e atentados com bombas nas estradas.