EUA iniciam instalação de escudo antimísseis na Coreia do Sul
O sistema THAAD servirá exclusivamente para defender o território sul-coreano de ameaças balísticas da Coreia do Norte
Os Estados Unidos inciaram a instalação de um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul, após uma série de testes com mísseis balísticos realizados pela Coreia do Norte. Os primeiros elementos do Terminal High Altitude Area Defense (THAAD, na sigla em inglês) começaram a ser implantados em solo sul-coreano na noite de segunda-feira, após decisão conjunta entre os dois países em julho do ano passado.
O sistema está desenhado para interceptar e destruir mísseis balísticos de curto e médio alcance durante sua fase final de voo e tem como principal motivação as crescentes ameaças norte-coreanas. Desde o anúncio, porém, China e Rússia denunciam a implantação do THAAD como uma ameaça a sua segurança e reprovam a presença militar de Washington na região.
“Quero enfatizar que nos opomos firmemente a implantação do THAAD na Coreia do Sul e tomaremos medidas necessárias para defender nossos interesses em matéria de segurança”, disse nesta terça-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva. Pequim e Moscou também consideram que o escudo poderia servir para obter dados de inteligência de suas bases militares.
Apesar das críticas, Estados Unidos e Coreia do Sul aceleraram a implantação do THAAD, que pretendem que esteja completamente instalado até o final do ano em um terreno situado ao norte da cidade de Seongju, centro do país.
Na segunda-feira, o presidente americano Donald Trump conversou com líderes da Coreia do Sul e do Japão por telefone e enfatizou o “compromisso inviolável dos Estados Unidos” de estar ao lado dos dois países diante das “sérias ameaças representadas pela Coreia do Norte”. Trump falou separadamente com o premiê japonês, Shinzo Abe, e com o presidente interino sul-coreano, Hwang Kyo-Ahn, após o lançamento de mísseis norte-coreanos, como parte de um exercício visando atingir bases americanas no Japão.
(Com AFP e EFE)