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EUA enviam soldados para monitorar cessar-fogo em Gaza, diz agência

Tropas americanas fazem parte de equipe que inclui países parceiros, organizações não governamentais e órgãos do setor privado

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2025, 19h23

Os Estados Unidos estão enviando soldados a Israel para ajudara apoiar e monitorar o acordo de cessar-fogo em Gaza, disseram autoridades americanas à agência de notícias Associated Press, nesta quinta-feira, 9. As tropas americanas fazem parte de uma equipe que inclui países parceiros, organizações não governamentais e órgãos do setor privado.

Segundo as autoridades ouvidas pela AP, que falaram sob anonimato, o Comando Central dos EUA estabelecerá um “centro de coordenação civil-militar” em Israel para ajudar a facilitar o fluxo de ajuda humanitária, assim como assistência logística e de segurança para o território palestino.

+ Hamas declara fim da guerra e início de cessar-fogo permanente

O centro de coordenação contará com cerca de 200 militares americanos com experiência em transporte, planejamento e logística, segundo uma das fontes, que destacou que nenhum soldado americano será enviado a Gaza.

A movimentação é um dos primeiros detalhes sobre como o acordo de cessar-fogo será monitorado e como os militares dos EUA teriam um papel nesse esforço.

Cessar-fogo

Mais cedo, na tarde desta quinta, o chefe do grupo militante palestino Hamas em Gaza, Khalil Al-Hayya, declarou fim da guerra com Israel e o início de um cessar-fogo permanente, afirmando em discurso televisionado que recebeu garantias dos Estados Unidos, de mediadores árabes e da Turquia de que o conflito foi encerrado de forma permanente.

Durante fala, Al-Hayya também anunciou a abertura da passagem de Rafah — na fronteira do território palestino com o Egito — em ambas as direções, permitindo maior mobilidade de civis e de entrada de ajuda humanitária. Além disso, o líder declarou a libertação de todas as mulheres e crianças palestinas detidas por Israel.

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O acordo foi acertado na véspera durante negociações no Egito e inclui a retirada das Forças Armadas israelenses do enclave, a interrupção dos ataques militares e a libertação dos reféns — os vivos, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que avançou a proposta, serão soltos na próxima segunda-feira.

+ Brasil saúda acordo de paz entre Israel e Hamas e reconhece ‘importante papel’ dos EUA

O anúncio do Hamas segue a declaração do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que todas as partes assinaram a versão final da primeira fase do acordo de cessar-fogo.

O que prevê o acordo e o que ainda está em aberto

Desencadeada pelo brutal ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas, muitas delas civis, a campanha militar de retaliação contra Gaza foi devastadora, matando mais de 67 mil pessoas, incluindo muitas crianças, enquanto os bloqueios à entrada de suprimentos no território resultaram em quadros gerais de inanição e fome aguda. A guerra arrasou o território palestino e desencadeou uma enorme crise humanitária.

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Sob o texto, a primeira fase suspenderá as hostilidades no enclave, com as tropas israelenses recuando para novas posições. Os reféns mantidos pelo Hamas – dos quais se acredita que cerca de 20 estejam vivos – serão libertados em 72 horas, seguidos pelos restos mortais dos outros 28.

Em troca, entre 1.700 e 2.000 prisioneiros palestinos serão liberados de prisões israelenses — o Hamas entregou uma lista com nomes de 250 pessoas condenadas à prisão perpétua e mais 1,7 mil detidas em Gaza desde outubro de 2023.

E haverá um aumento na entrada de ajuda humanitária no território, extremamente necessária, embora o cronograma desse fluxo não tenha sido especificado. Não se tabe também se todas as organizações estrangeiras estariam liberadas para entrar no território e que tipo de suprimentos seriam permitidos passar nessa retomada. Segundo uma fonte citada pela BBC, quando o cessar-fogo entrar em vigor, Israel permitirá que 400 caminhões de ajuda entrem em Gaza diariamente durante os primeiros cinco dias, um número que aumentaria gradualmente nas etapas posteriores. Mas nenhuma das partes confirmou essa informação.

+ Ministros israelenses indicam oposição a cessar-fogo e ameaçam coalizão de Netanyahu

Também é incerto exatamente quanto território as IDF vão ceder – a mídia israelense fala em manter mais da metade de Gaza por enquanto – e qual poderia ser o cronograma para uma retirada, mesmo que parcial. O Hamas havia exigido uma retirada completa.

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Outro ponto importante: o desarmamento do Hamas. Conforme relatou o jornal americano The New York Times, o grupo palestino poderia aceitar um desarmamento parcial de suas forças em Gaza, exigindo em troca algum tipo de garantia vinda de Trump de que Israel não retomará a guerra. E parece improvável que os combatentes aceitem uma anistia ou se exilem, como especifica o plano de 2o pontos de Trump.

Há outras questões a serem resolvidas – a forma exata de governança em Gaza após o fim definitivo da guerra, a potencial reconstrução do território devastado, quem poderia fornecer soldados para uma força internacional de “estabilização”, e muito mais. Tudo isso ainda precisa ser totalmente negociado e, ou mesmo, explicitamente acordado em princípio.

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