Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês do Cliente: Revista em casa por 9,99/semana

EUA e China fecham ‘estrutura’ de acordo que evitará proibição do TikTok para americanos

Secretário do Tesouro de Trump diz que presidente se encontrará com Xi Jinping para selar negócio que vende o app chinês para uma empresa dos EUA

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 set 2025, 11h23 - Publicado em 15 set 2025, 11h22

Durante a quarta e mais recente rodada de negociações entre delegações de Washington e Pequim para solucionar a guerra comercial entre as duas potências, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que os países concordaram com a estrutura de um acordo para a venda do TikTok, da chinesa Bytedance, a uma empresa americana. Essa foi estabelecida pela Casa Branca como condição para evitar que o aplicativo seja banido, afirmando que a plataforma digital representa uma ameaça à segurança nacional.

Bessent declarou ainda, enquanto autoridades de ambas nações se reuniam em Madri, que o presidente Donald Trump e o líder chinês, Xi Jinping, devem se encontrar nesta sexta-feira, 19, para aprovar o acordo. De acordo com o secretário do Tesouro, o negócio envolve “duas partes privadas” e vai transferir a propriedade do aplicativo a uma empresa americana.

Bessent e Jamieson Greer, Representante Comercial dos Estados Unidos, lideram as negociações em nome de Washington, e He Lifeng, vice-primeiro-ministro de política econômica, representa a China.

De acordo com o prazo estabelecido por Trump, o governo tinha até esta quarta-feira, 17, para definir se aplicava ou adiava uma lei que exige que o TikTok seja separado de sua proprietária chinesa, sob pena de ser banido nos Estados Unidos. Bessent afirmou que Pequim tinha feito “pedidos muito agressivos” em relação à rede social ao iniciar as negociações na manhã desta segunda-feira.

O presidente já adiou a aplicação da lei três vezes. O Congresso aprovou a legislação com apoio bipartidário no ano passado para proibir o TikTok no país, a menos que fosse vendida, devido a preocupações de que os laços do aplicativo com a China o tornassem uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.

Continua após a publicidade

As negociações duraram mais de seis horas no domingo e cerca de cinco horas na segunda-feira. Bessent planeja se juntar a Trump durante sua visita de Estado a Londres na quarta-feira.

Negociações comerciais

Autoridades de países mundo afora têm se esforçado para fechar acordos comerciais com os Estados Unidos desde abril, quando Trump impôs as chamadas “tarifas recíprocas” a praticamente todos os seus parceiros comerciais. As negociações com a China têm sido mais complicadas. O presidente americano taxou em 145% as importações chinesas em abril, essencialmente interrompendo o comércio entre as duas potências, antes de reduzir essa taxa para 30% mediante uma trégua comercial assinada em seguida. A China, por sua vez, reduziu suas alíquotas retaliatórias sobre produtos americanos de mais de 120% para 10%.

O acordo de trégua, porém, expira em novembro. Bessent afirmou que americanos e chineses continuarão a negociar depois de Madri, mantendo conversas “em cerca de um mês em um local diferente”.

Continua após a publicidade

As tarifas impostas por Trump aumentaram a pressão sobre a inflação americana, que permanece elevada. Espera-se que o banco central do país, o Federal Reserve (Fed), corte as taxas de juros esta semana — medida que visa estimular o crescimento econômico, mas que também pode acelerar a inflação.

Em uma crescente escalada de tensões entre Washington e Pequim, o Departamento de Comércio americano anunciou na sexta-feira que adicionou empresas chinesas que fabricam chips a uma lista negra comercial. Nesta segunda-feira, uma investigação preliminar do regulador chinês acusou a Nvidia, principal fabricante de chips de IA, de violar a lei antitruste do país. Espera-se que isso coloque pressão adicional sobre as negociações.

A busca da China por vantagem

As duas maiores economias do mundo têm discutido novas reduções tarifárias e as restrições da China às exportações de minerais de terras raras e ímãs para os Estados Unidos, ambos essenciais à indústria tecnológica. O governo Trump também está preocupado com o fato da China ter parado de comprar produtos agrícolas americanos, ameaçando a subsistência de produtores de soja nacionais.

Continua após a publicidade

A última rodada de negociações ocorreu logo após Xi reunir líderes de mais de vinte países na China no mês passado, em uma demonstração dos esforços de Pequim para reformular a ordem mundial sem os Estados Unidos no centro. As táticas agressivas de Trump nas negociações comerciais criaram um atrito com aliados como a Índia, que tornou-se alvo de pesadas tarifas, criando uma oportunidade para o governo chinês buscar um relacionamento mais próximo com Nova Délhi.

A China conta com o aumento do comércio com outros países para compensar a forte queda nas exportações para os Estados Unidos (-15% desde janeiro). Seu comércio com o Sudeste Asiático, África e outras regiões está crescendo e deve ultrapassar neste ano o superávit comercial do ano passado, que bateu o recorde histórico com quase US$ 1 trilhão. Ainda assim, há sinais de que a economia doméstica chinesa sente o impacto da guerra comercial. Dados divulgados na segunda-feira revelaram que as vendas no varejo e a produção industrial no país desaceleraram em agosto, atingindo suas menores taxas de crescimento até agora neste ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ÚLTIMA SEMANA

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 2,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 28% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 10,00)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 39,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$2,99/mês.