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EUA dispostos a discutir com Pyongyang ‘sem condições prévias’

Declaração de secretário de Estado Rex Tillerson ameniza posição americana dos últimos meses

Por AFP
Atualizado em 4 jun 2024, 17h14 - Publicado em 13 dez 2017, 15h22

Os Estados Unidos estão dispostos a negociar com a Coreia do Norte “sem condições prévias” – declarou na terça-feira o secretário de Estado americano, Rex Tillerson. O secretário ressaltou, no entanto, que seu país continua determinado a fazer Pyongyang renunciar às armas nucleares, mesmo que por meios militares.

Rússia e China saudaram, nesta quarta-feira, as declarações de Tillerson, que parecem amenizar o posicionamento de Washington dos últimos meses. Porém, algumas horas depois das afirmações do secretário americano, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, assegurou que o presidente Donald Trump “não mudou de posição sobre a Coreia do Norte”.

Em outubro, Tillerson foi publicamente censurado por Trump por evocar a existência de “canais de comunicação para sondar” as intenções do líder norte-coreano Kim Jong-un em vista de um eventual diálogo. Na ocasião, o presidente escreveu no Twitter que o secretário “perdia tempo em negociar”.

Apesar do desmentido da Casa Branca, o Kremlin saudou a mudança de tom dos Estados Unidos em relação à Coreia do Norte, considerando que “tais declarações construtivas são muito mais satisfatórias do que a retórica de confronto que ouvimos até agora”, segundo o porta-voz Dmitry Peskov.

Em termos mais contidos do que Moscou, a China tomou nota das declarações de Tillerson e disse esperar que Estados Unidos e Coreia do Norte deem “passos significativos em direção ao diálogo”, de acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang.

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Reação norte-coreana

O anúncio de Tillerson foi seguido por declarações do líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometendo converter a Coreia do Norte na “maior potência nuclear do mundo”. Em discurso para trabalhadores do programa balístico, Kim declarou que seu país “avançará vitoriosamente e se tornará a maior potência nuclear e militar do mundo”, segundo a agência oficial de notícias norte-coreana, a KCNA.

Até o momento, a posição americana era de que qualquer negociação deveria ser limitada à eliminação das armas nucleares da península coreana. Tillerson, porém, declarou que a postura dos Estados Unidos deveria ser mais flexível.

“Não é realista dizer: ‘só vamos falar com vocês se vierem à mesa de negociações prontos para abandonar seu programa’ (nuclear)”, reconheceu Tillerson durante entrevista coletiva em Washington. “Vamos nos encontrar e discutir o clima, se quiserem, ou se a mesa deve ser quadrada, ou redonda, se isto lhes der prazer”, disse o chefe da diplomacia americana.

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Tillerson ressaltou, porém, que a campanha americana de pressão econômica e diplomática sobre Pyongyang continuará “até que caia a primeira bomba”. Ele considerou que “será difícil discutir, se no meio das conversas testarem um outro dispositivo”.

Em 28 de novembro, Pyongyang lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos, segundo especialistas. O novo teste esquentou mais ainda as relações entre a Coreia do Norte e seus rivais americanos e japoneses.

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