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EUA confirmam saída de tratado de desarmamento nuclear com a Rússia

União Europeia (UE) e ONU manifestaram preocupação com risco de nova corrida armamentista; Washington poderá modernizar arsenal

Por Da Redação
Atualizado em 2 ago 2019, 09h35 - Publicado em 2 ago 2019, 08h58

O governo dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira, 2, a retirada do tratado sobre armas nucleares assinado com a Rússia durante a Guerra Fria. A decisão abre caminho para uma nova corrida armamentista.

Em 1º de fevereiro, Washington anunciou a retirada do acordo bilateral. O processo de saída tem duração de seis meses e foi concluído hoje.

O presidente russo, Vladimir Putin, ratificou em 3 de julho a suspensão da participação de Moscou no acordo. A saída dos dois países acaba com o tratado INF, que, ao proibir o uso de mísseis com alcance de entre 500 e 5.500 quilômetros, permitiu a eliminação dos projéteis balísticos SS20 russos e Peshing americanos espalhados pela Europa.

Os europeus manifestaram preocupação com o risco de uma nova corrida armamentista no continente, mas a Otan apoiou a postura americana, alegando que o míssil russo 9M729 violava o tratado INF. Moscou rebateu as acusações e afirmou que sua nova arma tinha alcance máximo de 480 quilômetros.

“O tratado INF foi útil para nós, mas funciona somente se as duas partes o respeitarem”, declarou recentemente o novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper.

O Tratado de Armas Nucleares Intermediárias (INF, na sigla em inglês) foi firmado em 1987 com a antiga União Soviética. O acordo permitiu a destruição de milhares de armas americanas e soviéticas e manteve mísseis nucleares fora da Europa por três décadas.

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O fim do tratado pode ser benéfico para os Estados Unidos, opinou no mês passado o então secretário da Defesa, Ash Carter.

“Do ponto de vista militar, e não político, não é tão ruim”, afirmou durante uma conferência no think tank Council on Foreign Relations, acrescentando que “poderíamos fazer um bom uso do que chamamos de ataque convencional rápido”.

De fato, o Pentágono comemora a possibilidade de modernizar seu arsenal para contra-atacar o crescente poder da China, que tenta estabelecer sua supremacia militar na Ásia.

“A maior parte do arsenal chinês é integrado por mísseis de alcance intermediário, e devemos estar seguros de ter a mesma capacidade se, infelizmente, entrarmos em conflito com eles algum dia”, destacou Esper.

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Washington afirmou que não deslocaria novos mísseis nucleares na Europa, mas não fez nenhuma promessa sobre as armas convencionais.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, qualificou o fim do tratado como um passo perigoso que “provavelmente aumentará, e não reduzirá, a ameaça representada pelos mísseis balísticos”.

“Quando expirar amanhã, o mundo perderá um freio indispensável na guerra nuclear”.

(Com AFP)

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