EUA: Comitê de Ética abre investigação contra republicano George Santos
Envolto em uma fábrica de inverdades, polêmico congressista filho de brasieleiro recentemente admitiu ser 'péssimo mentiroso'

O Comitê de Ética da Câmara dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 2, que abriu uma investigação sobre as mentiras contadas pelo deputado George Santos em seu currículo. A votação começou na terça-feira, 28, quando os 10 membros do comitê decidiram por unanimidade pela criação de um subcomitê investigativo direcionado para examinar a má conduta financeira e sexual do republicano, que é filho de brasileiros.
Em comunicado, o comitê afirmou que a investigação vai buscar determinar se o deputado não divulgou informações financeiras corretamente para a Câmara dos Representantes, violou leis federais de conflito de interesse e se envolveu em outras atividades ilegais durante a campanha para ingressar no Congresso em 2022.
Além disso, Santos também vai ser investigado sobre uma acusação de má conduta sexual com um assessor do Congresso com quem o republicano trabalhou brevemente em seu escritório.
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O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, afirmou que o destino de Santos no Congresso seria decidido depois dos resultados da investigação ética. Apesar de alguns colegas republicanos do deputado terem instado ele a renunciar, McCarthy disse que não iria pressionar Santos a abdicar do cargo.
Inicialmente, Santos ficou conhecido por ser o primeiro republicano abertamente gay a conseguir um assento na Câmara. Entretanto, uma investigação do The New York Times revelou que nenhuma das empresas em que o deputado alegou ter trabalhado, como o Citigroup e o banco Goldman Sachs, tinham registro dele como funcionário. A reportagem também revelou que Santos foi acusado de estelionato em 2008 no Brasil.
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Envolto em uma fábrica de inverdades, o polêmico congressista americano admitiu em um programa de TV que era um “péssimo mentiroso” e que sua intenção nunca tinha sido “enganar o povo”.
Em uma publicação no Twitter, Santos, que representa Nova York, afirmou que estava “cooperando totalmente” com a investigação e não faria mais comentários sobre o assunto.