EUA colocam filho de Bin Laden na lista terrorista
Em um áudio divulgado em julho passado, Hamza ameaça os Estados Unidos e seus cidadãos
Os Estados Unidos incluíram nesta quinta-feira em sua lista negra de “terroristas internacionais” o filho do falecido chefe da Al Qaeda, Osama bin Laden. A designação pelo Departamento de Estado de Hamza bin Laden como “terrorista internacional” baseia-se no fato de que a Al Qaeda tinha anunciado em agosto de 2015 que o jovem havia integrado o grupo extremista.
Além disso, em um áudio divulgado em julho passado, Hamza ameaça os Estados Unidos e seus cidadãos, segundo um comunicado da diplomacia americana. O processo administrativo americano prevê “sanções” financeiras e jurídicas contra estrangeiros “que cometeram atos terroristas, ou que representam um sério risco”, segundo o departamento de Estado.
Em consequência, todos os potenciais ativos, bens e contas em nome de Hamza bin Laden nos Estados Unidos passam a ser congelados e nenhum americano tem o direito de negociar com ele. De acordo com a diplomacia americana, o filho de Osama bin Laden incentivou em 2015 ataques contra “interesses americanos, franceses e israelenses em Washington, Paris e Tel -Aviv” e pediu em 2016 que as “tribos na Arábia Saudita se unissem à Al Qaeda no Iêmen para fazer a guerra contra o reino saudita”.
Ansioso para se tornar um radical, Hamza bin Laden escreveu a seu pai, escondido no Paquistão antes de ser morto por soldados americanos em maio de 2011, para garantir a sua vontade de aderir à luta, de acordo com documentos desclassificados da CIA e consultados pela France-Presse em maio de 2015. Hamza, que agora teria cerca de 20 anos, era o filho favorito de Osama bin Laden, que queria torná-lo seu herdeiro à frente da Al Qaeda.
(Com agência France-Presse)