Os ministros de Defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul condenaram neste sábado, 11, medidas tomadas pelo governo da Coreia do Norte que, segundo os dois países, apontam para a realizaçao de um teste nuclear norte-coreano em breve. Americanos e sul-coreanos dizem que a preparação para um teste nuclear e uma série de lançamento de mísseis norte-coreanos próximo ao Mar do Japão ameaçam a segurança de toda a região, segundo agências de notícias internacionais. EUA e Coreia do Sul planejam expandir a escala de seus exercícios militares na península coreana.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, promoveu sua principal representante para assuntos nucleares ao cargo de ministra das Relações Exteriores do país. Além de anunciar a promoção na nova chanceler, Choe Son Hui, a mídia estatal norte-coreana também divulgou um discurso de Kim no qual ele prometeu responder à altura de países rivais para lutar pela soberania de seu país. Ele não fez referências diretas a EUA e Coreia do Sul, mas descreveu uma piora no ambiente de segurança de seu país. Ele defendeu acelerar o desenvolvimento de armas como forma exercitar os direitos de soberania e autodefesa. A Coreia do Norte não deu detalhes de objetivos específicos de sua política de defesa e não confirmou qualquer planejamento para um teste nuclear.
Se confirmado, este seria o primeiro teste nuclear na Coreia do Norte em cinco anos. O governo norte-coreano já realizou seis testes do tipo entre 2006 e 2017. “O direito à autodefesa é uma questão de defender a soberania, esclarecendo mais uma vez o invariável princípio do Partido de luta de poder para poder e disputa frontal”, disse Kim, segundo a agência estatal KCNA.
Desde setembro do ano passado, a Coreia do Norte tem aumentado a frequência de lançamentos de mísseis balísticos. Na última terça, 7, a Coreia do Sul e os EUA fizeram um exercício militar com 20 caças e lançaram oito mísseis balísticos. A demonstração de força veio dois dias após os norte-coreanos terem lançado oito mísseis e em meio ao receio em relação à possibilidade de novos testes nucleares.