Estudantes nos EUA protestam por controle de armas mais rígido
Há exatamente um mês do massacre da Flórida, jovens homenageiam as vítimas do ataque
Estudantes de quase 3.000 escolas dos Estados Unidos organizaram protestos nesta quarta (14) para pedir leis mais rigorosas de controle de armas no país, um mês após o ataque na Stoneman Douglas High School na Flórida.
O protesto, motivado pelo massacre que matou 17 pessoas no mês passado, ficou conhecido como National School Walkout.
A partir de 10h no horário local, estudantes deixaram suas salas de aula e foram para o lado de fora das escolas, carregando cartazes e requisitando novas leis. As três principais exigências são o fim da venda de fuzis, a verificação universal de antecedentes antes da venda de qualquer tipo de arma e a aprovação de uma lei que permita à Justiça americana desarmar pessoas que exibem sinais de comportamento violento.
Os jovens planejaram ficar do lado de fora dos prédios por pelo menos 17 minutos – um minuto para cada uma das 17 pessoas mortas no massacre da Flórida há exatamente um mês.
Alunos de escolas em Washington D.C. marcharam juntos até a Casa Branca. Os jovens gritavam “Queremos mudança!” e exibiam cartazes exigindo ações do presidente Donald Trump.
Os órgãos administrativos escolares responderam de maneiras diferentes. Alguns distritos acolheram ou mesmo incentivaram os protestos, enquanto outros ameaçaram os estudantes com ações disciplinares. Neste domingo (11), a Casa Branca anunciou um modesto pacote de segurança para prevenir a violência armada. As medidas preveem treinamentos para armar professores e uma reforma do sistema de fiscalização de antecedentes penais na hora da compra de armamento.
Trump, contudo, transferiu a responsabilidade de aumentar a idade mínima para compra de armas a tribunais e Estados, e disse que irá esperar decisões judiciais antes de agir.
“Sobre a idade mínima de 18 para 21, observando casos e decisões judiciais antes de agir. Estados estão tomando esta decisão. As coisas estão se movendo rápido sobre isso, mas não há muito apoio político (para dizer o mínimo)”, escreveu no Twitter.