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Estrela do futebol peruano é favorito na disputa presidencial do país

George Forsyth, ex-goleiro da seleção peruana, lidera pesquisas de intenção de voto para eleições de abril de 2021 sem nem confirmar a candidatura

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h30 - Publicado em 31 ago 2020, 19h22
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  • George Forsyth, ex-goleiro do time peruano Alianza Lima, do italiano Atalanta e da Seleção Peruana de Futebol, é o candidato mais bem cotado para tornar-se presidente do Peru nas próximas eleições, em abril de 2021. Apesar de não ter confirmado sua candidatura, lidera as pesquisas de intenção de voto da IPSOS há quatro meses consecutivos.

    No levantamento mais recente, aparece 15 pontos percentuais à frente do militar Daniel Urresti, atualmente membro do Congresso e ex-ministro do Interior. Também abriu uma margem de 18 pontos sobre a líder da oposição ao atual governo de Martín Vizcarra, Keiko Fujimori (em liberdade sob fiança devido a escândalos de corrupção envolvendo a Odebrecht).

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    Apesar da antiga profissão, Forsyth não é exatamente um outsider. Afinal, ele nasceu na política, enquanto seu pai, o diplomata Harold Forsyth, servia na embaixada do Peru em Caracas, na Venezuela. Depois de disputar algumas Libertadores e uma Copa América, aos 28 anos decidiu ele mesmo se aventurar na área do pai, tornando-se vereador do populoso município de La Victoria, em Lima – onde fica o estádio do popular Alianza Lima, enquanto ainda defendia o gol do time.

    Sua popularidade cresceu tanto que, oito anos depois – já aposentado dos gramados, mas ainda com o futebol como parte central de sua campanha –, foi eleito prefeito de La Victoria com mais do dobro dos votos de seus adversários. Foi apelidado de “Ken” e de “Gringo” pelos eleitores, por ter nascido fora do Peru e pela ascendência alemã de sua mãe, María Sommer (ex-Miss Chile), mas ele se diz “apenas mais um cara da vizinhança”.

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    O prefeito anterior do município deixou o cargo sob acusações de corrupção e o ex-goleiro ganhou as eleições impulsionado por uma campanha “anti-bandidos”. Centrista autodenominado, adotou uma abordagem dura contra o crime, vendedores ambulantes informais e as redes criminosas que extorquem esses ambulantes – uma delas supostamente liderada pelo ex-mandatário anterior. Até agora, suas políticas têm sido majoritariamente pró-negócios, segundo a Americas Quarterly, publicação sobre política nas Américas.

    Em sua cerimônia de posse, Forsyth literalmente lavou a bandeira do município de La Victoria, aludindo à eliminação da corrupção. Teatralidade à parte, suas políticas parecem estar funcionando: em seu primeiro ano no cargo, o índice de crimes caiu significativamente – o que analistas observam com cautela, já que pode não refletir uma mudança a longo prazo.

    Mesmo assim, sua abordagem pode ser atraente para eleitores do país inteiro. O Peru passa por uma crise política que paralisou o governo nacional. Uma pesquisa da IPSOS, publicada em julho, revelou que a corrupção e o crime são a primeira e a terceira questões de maior importância para os peruanos, respectivamente. O apelo do atleta-político ao senso de ordem pública, portanto, cai como uma luva.

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    Ainda não é certo se Forsyth irá se candidatar à Presidência, mas ele já flertou abertamente com a possibilidade, sugerindo até mesmo que criaria seu próprio partido. Por evitar rótulos como “direita” e “esquerda”, além de ter menos de dois anos de experiência como prefeito, não tem uma ideologia clara.

    “Seria muito mais interessante criar algo totalmente novo, que não fosse contaminado, digamos, por velhas maneiras de fazer as coisas”, disse Forsyth em uma entrevista em janeiro. “Temos que renovar a política peruana”.

    Além de sua carreira na política local, Forsyth atraiu olhares participando de programas de televisão como as versões peruanas dos reality shows Dança com as Estrelas e, recentemente, “The Masked Singer”, em que celebridades fazem competições de canto sem revelar a identidade.

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    A personalidade também atraiu a atenção da mídia devido ao casamento turbulento com a atriz Vanessa Terkes. Ela acusou Forsyth de abuso psicológico, o que ele nega. Até agora, o escândalo não diminuiu suas perspectivas presidenciais.

    Outro aspecto que pode beneficiar uma possível candidatura do ex-jogador é que La Victoria tornou-se um ponto focal na luta do governo central contra a pandemia, por ser um município populoso e altamente comercial. Isso pode aumentar a exposição de Forsyth à mídia, ampliando sua oportunidade de se conectar com os eleitores.

    A eleição do Peru, entretanto, está a oito meses de distância, abrindo ampla margem para mudanças nas intenções de voto – na última pesquisa da IPSOS, 31% dos entrevistados disseram que não votarão em nenhum candidato no ano que vem. Segundo a Americas Quarterly, muito depende da legenda sob a qual Forsyth vai concorrer – e se ele vai realmente concorrer.

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