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‘Estamos à beira de um guerra regional no Oriente Médio’, alerta UE

Chefe da diplomacia do bloco europeu, Josep Borrell, exige que Israel exerça moderação na retaliação contra o Irã após ataque no final de semana

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h11 - Publicado em 18 abr 2024, 08h37
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  • British Foreign Secretary David Cameron (L), European Union foreign policy Chief Josep Borrell (2nd-L), US Secretary of State Antony Blinken (3rd-L), French Foreign Minister Stephane Sejourne (C-top), Canadian Minister of Foreign Affairs Melanie Joly (3rd-R), Italian Foreign Minister Antonio Tajani (2nd-R), Japanese Foreign Minister Yoko Kamikawa (R) and German Foreign Minister Annalena Baerbock (C-bottom) attend the G7 foreign ministers meeting on Capri island, on April 18, 2024. (Photo by Remo Casilli / POOL / AFP)
    O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, reúne-se com os ministros das Relações Exteriores do G7, na Itália, para discutir conflito no Oriente Médio. 17/04/2024 - (Remo Casilli/AFP)

    O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse nesta quinta-feira, 18, que “estamos à beira” de uma grande guerra regional no Oriente Médio, mais ampla que o conflito na Faixa de Gaza e com consequências maiores. A declaração ocorre enquanto o mundo aguarda, em alerta, a resposta militar de Israel contra uma saraivada de mísseis de drones do Irã que atingiu o país no final de semana.

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    Em Bruxelas para uma reunião dos líderes da União Europeia, o diplomata afirmou que o governo israelense precisava exercer moderação no contra-ataque a Teerã, para evitar uma perigosa escalada das hostilidades.

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    “Não quero exagerar, mas estamos à beira de uma guerra, uma guerra regional no Oriente Médio, que irá enviar ondas de choque ao resto do mundo, e em particular à Europa”, alertou. “Então pare com isso.”

    Mundo em alerta

    Um conflito entre Irã e Israel tem potencial para projetar estragos para muito além do Golfo Pérsico. Tel Aviv nunca enfrentou inimigo tão bem preparado. Estima-se que o exército iraniano some 610 mil homens, contingente três vezes maior que o israelense, e tenha orçamento anual de US$ 7 bilhões.

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    Além disso, a economia ficaria sujeita à escalada nos preços do petróleo, que só esse ano já subiu 20%, superando os 90 dólares. Grande produtor da commodity e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Irã vende sua produção à China. E uma redução nas exportações causaria um salto nos preços, já que Pequim seria forçada a procurar novos fornecedores. Outro temor é a paralisação de rotas comerciais.

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    Os embates podem afetar ainda o Estreito de Ormuz, via navegável entre os Golfos de Omã e Pérsico, por onde passam diariamente um quarto do comércio global de petróleo. Observadores advertem que o Irã pode atacar petroleiros usando drones e mísseis, tática que vem sendo utilizada pelos rebeldes hutis do Iêmen, financiados por Teerã e aliados do Hamas, no Mar Vermelho – importante rota para chegar ao Canal de Suez.

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    Sanções: diplomacia versus militarismo

    Borrell também disse nesta quinta-feira que atual regime de sanções da União Europeia contra o Irã seria reforçado e ampliado para punir o país por seu primeiro ataque direto a Israel e ajudar a prevenir futuras investidas semelhantes.

    Líderes mundiais têm apostado na tática como maneira de dissuadir Tel Aviv de responder à ofensiva iraniana com poderio militar elevado. Ao contrário do território israelense, o Irã não tem proteções capazes de interceptar tantos ataques aéreos – 99% dos 300 mísseis e drones nem chegaram a tocar o solo no último sábado 13 –, o que significa que os estragos na República Islâmica seriam muito mais amplos e poderiam provocar uma escalada nas hostilidades.

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    Nesta quarta-feira, os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas prometeram aumentar as sanções contra o Irã para evitar as suas entregas de drones e mísseis a facções islâmicas aliadas em Gaza, Iêmen e Líbano. Os Estados Unidos também já anunciaram estarem preparando um novo conjunto de bloqueios econômicos à nação islâmica.

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