Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Estados Unidos inauguram embaixada em Jerusalém

Dia foi marcado por confrontos entre palestinos e israelenses na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza

Por Da Redação; com Tamara Schipper, de Jerusalém
Atualizado em 14 Maio 2018, 17h56 - Publicado em 14 Maio 2018, 10h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os Estados Unidos inauguraram nesta segunda-feira (14) sua embaixada em Jerusalém, após o reconhecimento da cidade como capital de Israel pelo presidente Donald Trump.

    Publicidade

    A cerimônia oficial de abertura contou com a presença do premiê israelense Benjamin Netanyahu, do embaixador americano em Israel, David Friedman, da filha e do genro do presidente americano, Ivanka Trump e Jared Kushner, além de outras autoridades americanas e israelenses.

    Publicidade

    Em uma mensagem gravada e transmitida durante a solenidade, Donald Trump defendeu mais uma vez sua decisão de transferir a embaixada para Jerusalém, afirmando que “os Estados Unidos permanecem totalmente comprometidos com a facilitação de um acordo de paz duradouro”.

    “Israel é uma nação soberana, com o direito, como qualquer outra nação, a determinar sua própria capital”, afirmou. “Os Estados Unidos sempre serão um grande amigo de Israel e um parceiro na causa pela liberdade e pela paz”, completou no fim da mensagem.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Em seu discurso, Benjamin Netanyahu agradeceu muito aos americanos por seu apoio. “Não temos amigos melhores no mundo. Vocês apoiam Israel e apoiam Jerusalém. Obrigada”, afirmou o premiê aos representantes da delegação americana.

    Cerca de 800 pessoas foram convidadas para a cerimônia de abertura oficial nesta segunda-feira. O líder da delegação americana é o vice-secretário de Estado americano John Sullivan. Também estava presente em Israel o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

    Publicidade

    Além de Trump e Netanyahu, o embaixador Friedman, líderes religiosos e Jared Kushner discursaram durante a cerimônia.

    No primeiro momento, a nova embaixada ficará dentro da já existente seção de vistos do consulado-geral dos Estados Unidos, no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental. O prédio sofreu adaptações para receber o embaixador David Friedman e sua equipe. Mas a maior parte da burocracia ainda ficará nos escritórios em Tel Aviv.

    Publicidade

    Em até um ano, as obras de ampliação do espaço da embaixada devem começar. O objetivo é construir uma sede própria para a representação diplomática em até dez anos.

    O status de Jerusalém é, talvez, o problema mais delicado do conflito palestino-israelense. Israel considera a cidade inteira sua capital, enquanto os palestinos consideram Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro Estado.

    Publicidade

    Os Estados Unidos são o primeiro país a ter em Israel sua máxima representação diplomática desde 2006, depois que os países retiraram sua respectiva embaixada a pedido da comunidade internacional, por causa da anexação israelense da parte ocupada palestina em 1980, uma ação que não é reconhecida internacionalmente.

    Continua após a publicidade

    Nesta semana, Guatemala e Paraguai também abrirão embaixadas em Jerusalém.

    Protestos e confrontos

    Protestos na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza contra a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém deixaram ao menos 52 pessoas mortas e outras 500 feridas, segundo as autoridades palestinas.

    As Forças Armadas israelenses acusaram o movimento Hamas, que controla Gaza, de instigar os palestinos a tentar violar a fronteira de Israel, e disseram que soldados israelenses usaram munição real para detê-los.

    Os palestinos se reuniram em diversos pontos próximos à fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados israelenses. Os grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros.

    Continua após a publicidade

    A manifestação estava planejada para o dia seguinte, quando relembram o dia do Nakba  que em árabe significa o Dia da Catástrofe , declarado um dia depois da independência de Israel, em 1948.

    Pelo Twitter, Trump celebrou a mudança da embaixada e afirmou que este “é um grande dia para Israel”, apesar dos confrontos violentos na Faixa de Gaza.

    Durante o evento, os presentes constantemente gritavam o nome de Trump e aplaudiam o presidente.

    Continua após a publicidade

    Medidas de segurança

    As unidades especias de Israel, a polícia de fronteira, a polícia e o Exército israelense estão em alerta máximo. Eles foram distribuídos na fronteira com Gaza e Cisjordânia, bairros em Jerusalém Oriental e no entorno da nova embaixada americana.

    Segundo o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, mais de 1.000 policiais estão participando da operação de segurança, que vai durar toda a semana. Os próximos dias são considerados um período “sensível”, já que além da abertura da embaixada estão programados celebrações de 70 anos da independência de Israel e protestos pelo Nakba, palavra usada pelos palestinos para marcar a data e que significa “catástrofe” ou “desastre”.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.