O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou, neste domingo 27, as explosões que aconteceram na catedral da cidade de Jolo, no sudeste da Filipinas, nas quais morreram 19 pessoas e 48 ficaram feridas.
Em comunicado emitido através das redes sociais e cuja autenticidade não pôde ser comprovada, os radicais asseguraram que 40 pessoas faleceram e 180 foram feridas em dois ataques suicidas contra “um templo dos cruzados” na ilha de Mindanao.
A nota detalhou que um dos suicidas explodiu seu colete de explosivos na entrada da igreja onde estavam reunidos os fiéis cristãos e que outro fez a mesma coisa pouco depois no estacionamento de carros. Além disso, a filial do EI no leste da Ásia afirmou que entre as vítimas há sete membros das forças de segurança.
Anteriormente, as autoridades locais informaram sobre a morte de 19 pessoas e 48 feridos, a maioria civis que foram à missa da manhã, além de vários militares encarregados de tarefas de segurança.
O secretário de Defesa filipino, Delfin Lorenzana, disse que os feridos mais graves foram levados de helicóptero ao hospital de Zamboanga, enquanto foi reforçada a segurança em todos os locais de culto da região.
O fato acontece dias depois do referendo para a criação de uma região autônoma muçulmana no Sul do país, batizada de Bangsamoro e concebida como solução pacífica para décadas de conflito separatista provocado por radicais islamitas.
A província de Sulu – cuja cidade de Jolo é a capital – votou contra se integrar em Bangsamoro, mas como faz parte da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano (ARMM), com outras quatro províncias, os votos são computados em bloco e passarão a pertencer a essa nova entidade.
Em Sulu é reduto de vários grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico, como Abu Sayyaf e o grupo Maute, responsáveis por sangrentos atentados na região.