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Espanha e Argentina decidem não reconhecer eleições na Venezuela

Eleições venezuelanas, marcadas para 20 de maio, ocorrerão sem grande parte da oposição, que acusam o pleito de ser fraudulento

Por Da redação
10 abr 2018, 19h03

O chefe de governo da Espanha, Mariano Rajoy, e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciaram nesta terça-feira que não reconhecerão os resultados das eleições que serão realizadas na Venezuela em 20 de maio.

“Não vamos validar o resultado eleitoral de maio, ele não tem nenhum valor. Por mais que o senhor [Nicolás] Maduro me insulte, não vamos reconhecê-lo como um presidente democrático porque nesse momento não há democracia na Venezuela”, disse Macri em entrevista coletiva ao lado de Rajoy após uma reunião na Casa Rosada, em Buenos Aires.

“Estou de acordo com essas palavras”, complementou Rajoy. “Devemos devolver a palavra aos venezuelanos, sem dificuldades, sem ameaças e sem aproveitar da fome e da miséria provocada pela incompetência. Ou pior… para estabelecer regimes clientelistas”, afirmou.

O presidente argentino também concordou com Rajoy sobre o tamanho do problema da Venezuela, que transborda para toda a região. “Claramente os direitos humanos deixaram de ser respeitados há tempos na Venezuela. O nível de abuso do governo de Maduro contra os cidadãos é tremendo”, avaliou Macri.

As eleições presidenciais da Venezuela, marcadas pelo governo para 20 de maio, ocorrerão sem a participação de grande parte da oposição, que afirma que o pleito será fraudulento. “Não é uma escolha democrática. Seguiremos reivindicando uma saída democrática para o povo venezuelano”, indicou Macri.

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A oposição venezuelana exige, para participar das eleições, uma mudança dos integrantes do Conselho Nacional Eleitoral, já que considera que os atuais são aliados de Maduro. Eles também defendem a candidatura de líderes antichavistas que foram inabilitados pela Justiça e outros órgãos do governo.

Macri antecipou que a situação da Venezuela será debatida na Cúpula das Américas, no Peru, neste fim de semana. “Que sejam libertados os presos políticos e que se estabeleça um cronograma eleitoral sério”, afirmou o presidente argentino.

(Com EFE)

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